Os dois extremos: Alto Feliz tem sete famílias dependentes do bolsa família, Capela de Santana tem 666 |
Essas são questões que devem preocupar os administradores municipais da região. Afinal, cabe a eles trabalhar para que aumente a renda da população.
Existem meios de responder essa questão e até mais de um.
Se formos considerar a capacidade de geração de riqueza, o município de Tupandi é imbatível. Nesse aspecto ele já atingiu nível equivalente ao dos países de primeiríssimo mundo.
Mas importa saber, também, se a riqueza é bem distribuída, tanto nos países como nos municípios.
Seria desejável que os municípios não tivessem pessoas vivendo na miséria. No entanto, todos têm. Tanto que em todos é distribuído o Bolsa Família.
O ideal seria que ninguém recebesse, pois isso significaria que ninguém viveria na miséria.
Esse é o sentido da pesquisa que publicamos aqui: saber qual a situação de cada município da nossa região, quanto a esse aspecto.
Nossa pesquisa foi feita com dados oficiais: o número de benefícios concedidos em cada município no mês de janeiro de 2013 e a população dos municípios apurada no censo de 2010 e difere um pouco dos números apontados pela pesquisa da revista Exame.
Os resultados são surpreendentes e até chocantes. Mostram que o número de pessoas em situação de miséria, no Caí, é 14 vezes maior do que em Alto Feliz, se for considerada o número de habitantes.
Em Alto Feliz existe uma família recebendo beneficio para cada 415 habitantes. No Caí, é uma família para cada 30 pessoas. Na Capela uma para cada 17.
Capela, Caí, Brochier e Portão são os municipios da região com maior índice de pobreza. Pareci Novo, Salvador, Maratá e Montenegro estão numa situação um pouco melhor, como se pode ver na tabela desta página.
Para ter-se uma idéia do excelente nível alcançado pela maioria dos municípios da região, em Porto Alegre o número de habitantes por família beneficiada é de 31. Praticamente igual ao do Caí, que é um dos mais baixos da região.
As prefeituras desenvolvem programas, como os de ensino profissionalizante, para aumentar a renda dos integrantes das famílias mais pobres. Com o que se espera que, um dia, deixem de existir famílias em situação tão precária que precisem da ajuda do Bolsa Família.
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