O Visconde não escapou da irreverência dos estudantes
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O passeio foi feito através da ferrovia que ligava São Leopoldo a Montenegro e os jovens aguardavam ansiosos a saída do trem. O trem passou pela estação do Rio dos Sinos, pela do Portão, pela estação Azevedo, em Capela de Santana, e chegou finalmente à estação Pareci, no Pareci Velho.
Pareci Velho fica na margem esquerda do rio Caí, de frente para o Pareci Novo, na margem direita.
No trem os rapazes já conversavam animadamente e o professor disse que, enquanto ele permanecesse na estação de Pareci, visitando um parente que trabalhava e morava lá, os estudantes poderiam visitar a barragem Rio Branco e ver também o famoso busto do Visconde do Rio Branco que lá foi instalado, em homenagem. Homenagem ao ministro de Dom Pedro II que foi o grande artífice do projeto de colonização da Serra Gaúcha, com a atração de imigrantes europeus.
Dentro desse projeto, o Visconde (pai do famoso Barão do Rio Branco) promoveu a criação dos municípios de Montenegro e São Sebastião do Caí. Cidades que serviram de base de apoio na instalação dos colonos na região serrana.
Sem saber do importante trabalho desempenhado por esse grande político e administrador brasileiro, os jovens não o pouparam de brincadeiras. Na foto, vemos Egon, à esquerda, com o braço erguido, colocando uma laranja na boca do Visconde.
À noite, os estudantes retornaram a São Leopoldo, felizes pela oportunidade de conhecer aquele belo lugar.
Na foto, o rapaz que estava de pé, à direita da estátua, tinha o sobrenome Burnhagel.
Dos que estavam sentados, o de óculos tinha o apelido de Mocho, o do centro era Werner Loges.
A palavra mocho é um outro nome, antigo, dado às corujas. E o apelido referia-se a isso, pelo fato do jovem usar aves. Mocho também é o nome dado ao animal que perde os chifres. Existem, por exemplo, touros mochos.
Foto do acervo de Egon Arnoni Schaeffer
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