Jovem e elegante, Egon Schaeffer, quase morreu num vôo que fez para visitar sua namorada Judith |
Ele estava estudando Farmácia, na Universidade de Santa Maria, e queria visitar a namorada, em Santo Ângelo.
Para isso ele comprou horas de vôo para uma semana.
Eram cartões que permitiam ao piloto usar o avião para ir onde quizesse. Foi ver a noiva Judith e seus pais, em Santo Ângelo.
O treinador de pilotos Kruschem, de Santa Maria, o orientou para voar à tarde e que fizesse vôo de contato por causa da bruma.
Esse tipo de vôo era feito a 120 metros de altura, seguindo os trilhos do trem.
Com bruma de cima para baixo, quando intensa, não se vê nada. Egon, que fora treinado por Egidio Flach, considerado pela aeronautica o melhor instrutor de vôo do Brasil, já estava com o mapa aberto sôbre o joelho e transferidor entre os dentes, para a eventualidade de precisar medir um ângulo sem tirar o olho na bussola.
A aventura começou!
A bruma fechou e ficou tudo leitoso. Em frente surgiu algo imenso e negro. Era um morro e Egon fez o avião Piper subir em círculos, no mesmo lugar, até atingir 1.500 metros de altura.
Tudo ficou leitoso e branco.
Mediu o ângulo no mapa. Teria que voar cinco minutos para sudeste.
Nivelou o avião pela bussola nessa direção. Passados os cinco minutos, começou a descer em círculos, sendo que do alto nada se via.
Quando, no painel do avião, apareceu 100 metros, como numa tela, se abriu abaixo a cidade de Santa Maria.
Com um longo suspiro, Egon seguiu para o aeroporto. Ao descer da aeronave encontrou Kruschen comentou: "Entraste numa altura que, certamente, te salvou de bater contra um morro.
Naquela noite de julho, tendo saído de uma aventura real, foi ao cinema assistir uma de ficção.
Foto do acervo de Egon Arnoni Schaeffer
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