O Vale do Caí é a região brasileira com maior desenvolvimento sócio/econômico e as melhores administrações municipais. Foi colonizado, predominantemente, por brasileiros de origem lusa a partir de 1740, e por imigrantes alemães, desde 1827. EDITORIAL: veja postagem 1410 TAMANHO DAS FOTOS: um clic sobre as fotos pode mudar seu tamanho.
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
3612 - O gasogênio
A guerra mundial, na década de 1940, prejudicou muito os viajantes comerciais brasileiros. O Brasil não produzia petróleo e a ação dos submarinos inimigos impedia que navios trouxessem petróleo para ca.
Como todos tiveram de fazer naquela época, Edmundo Schaeffer teve que adaptar o gasogênio na sua camionete Ford modelo T 1927.
Tratava-se de um tubo, muito parecido com os atuais butijões de gás usados hoje.
Eles eram adaptado em cima do paralamas traseiro e tinham dutos embaixo do carro que levavam o gás até o motor.
O tubo tinha uma portinhola embaixo e ali se colocava carvão ou cacos de madeira, aos quais se ateava fogo. Virava uma fornalha e o gás, para ir para os canos, tinha que ser impulsionado por uma manivela que fazia parte do trombolho. Com isso, o motor começava a funcionar.
Depois que o carro "pegava" a combustão era automática.
Egon detestava aquilo pois cabia a ele fazer a tal lareira ficar acesa.
Aquilo era terrorismo automobilistico que, somado às estradas ruins, gerava o stress do condutor.
Edmundo Schaeffer fez apenas uma viagem com o tal gasogênio. Incomodou-se tanto que, na volta, mandou sacar tudo fora.
Amigo do dono da Agència Ford de Santo Ângelo, Arnaldo Hepp e de Oscar Sabo, da Chevrolet, começou o abastecimento alternado e estocava gasolina em casa.
Com uma borracha introduzida no tanque e uma sugada com a boca, o combustivel ia para uma lata.
Chegou ao ponto de ter tonéis cheios e as viagens se sucediam com êxito. O curioso é que não havia uma fiscalização. Tavez porque, naquela época de guerra a preocupação maior das autoridades era pegar em flagrante as pessoas que falava alemão. O que era proibido, já que a Alemanha, naquele momento, era inimiga do Brasil.
Também chamado de gás pobre, o gasogênio permitiu que os carros andassem durante o período de guerra.
Naquela época, muito pouca gente tinha carro e as pessoas não eram tão dependentes deles. Se a falta de petróleo acontecesse hoje, sem dúvida, o impacto seria muito maior.
Foto do site AutoClassic
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