A Sesmaria da Conceição, pertencente aos Pires Cerveira, era vizinha
à de Bernardo Mateus, onde situa-se hoje a cidade de São Sebastião do Caí
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Duclece Pires é o autor de uma obra notável para a história de São Sebastião do Caí.
O livro intitulado Os Provisórios, A Saga dos Pires Cerveira, contém impressionante relato sobre os Pires Cerveira, pioneiros colonizadores de São Sebastião do Caí.
Conforme narra Duclece Pires, os primeiros membros da família Pires Cerveira chegaram ao Rio Grande do Sul, na década de 1770. Na época, a coroa portuguesa oferecia vastas estenções de terras para aqueles que se atrevessem a se estabelecer, com suas famílias, no território cuja posse era contestada pelos espanhóis.
Os primeiros que chegaram se estabeleceram nas regiões de campo, onde era mais fácil cultivar e, principalmente, criar gado.
Mais tarde, como aconteceu com os Pires Cerveira, os que vieram tiveram de se contentar com terras da costa da serra (vales do Sinos, Caí e Taquari) cobertas de densa mata selvagem habitada por tigres (onças) e o outros animais selvagens, além dos índios, igualmente selvagens.
O primeiro representante da família a se estabelecer no Vale do Caí chegou por volta de 1790 e recebeu, da coroa portuguesa, uma sesmaria situada na margem esquerda do rio Caí. Na altura da foz do Arroio Cadeia. Terras doadas pela coroa, naquela época eram chamadas de sesmarias e a dos Pires Cerveira tinha o nome de Sesmaria da Conceição. Ela se estendia pelas duas margens do arroio Cadeia.
Logo acima da Sesmaria da Conceição situavam-se a sesmaria de Bernardo Mateus, que ali se estabeleceu por volta de 1792. As terras de Mateus incluíam a atual cidade de São Sebastião do Caí e os seus arredores e, certamente, faziam divisa com as dos Pires Cerveira.
No final do século seguinte, por volta de 1890, a Sesmaria da Conceição estava dividida em duas grandes propriedades, sendo que uma delas, a Fazenda do Cadeia, ficava na margem esquerda do Arroio Cadeia e a outra, chamada Fazenda do Cafundó, na margem esquerda.
Naquela época, a família proprietária da fazenda Cafundó era chamada os Pires brabos, diferenciando-a dos demais Pires da região.
Talvez essa fama se devesse ao episódio que é narrado nas postagens seguintes desse blog, com o título de O Suplício da escrava Jandira.
Nessa mesma época, o dono da Fazenda do Cadeia era o capitão Thomé Pires Serveira e o senhor da Fazenda Cafundó era seu primo, o tenente Ernesto Pires.
Ilustração extraída do livro Os Provisórios, de Duclece Pires
Eu Jose Espedito Martins, E-mail anoemeses@gmail.com, sou descendente de Maria Narcisa Pires Cerveira e Jose Martins Philereno, a eles foram concedido uma grande área de terras que seguia da margem do rio dos sinos até a cabeceira do arroio Cadeia, na parte esquerda e na parte direita da cabeceira do mesmo arroio, já era de outra sesmaria, pertencente ao Capitão Thomé Pires Cerveira. Imagino que Maria Narcisa Pires Cerveira era irmã do Capitão Thomé Pires Cerveira e tio do meu Tataravô, João Martins Philereno.
ResponderExcluirsim esta correto, maria narcisa pires era irma do thome pires cerveira, que é minha tia de 5 geração.
ExcluirTambém sou descendente dos Pires Cerveira. Meu pai é Adão Pires Cerveira, músico e agricultor.Morava em Fazenda Pires ( Parobé).Temos recibo de imposto territorial de Patrício Pires Cerveira (?) Datado do início do século passado.aidemsilva
ResponderExcluirVou reduzir a minha resposta: começando pelo meu bisavô, ele nasceu na fazenda Pires, a minha Vó tinha o nome de Alexandrina Martins Pires e com o codinome de Xando. Ate hoje tenho grande saudade dela.
ExcluirTbm sou descendente dos Pires Cerveira
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