Em 2013, o Guarani disputou o campeonato caiense e deve se preparar bem para comemorar condignamente o seu 100º aniversário, em 2016 |
Os fundadores foram João Flores, Tenente Aparício Atos Fortes, Olavo Flores, Mário Backes, Helmuth Blauth, Alfredo Michaelsen, Eldefonso Kayser, Adalberto Rübenich, Otto Weber, Carlito Shemes, Vitor Adams e João Adams. Todos presentes àquela reunião.
Utilizando para seus treinamentos um gramado existente no local onde depois foram construídas as casas populares (quarteirão situado entre o prédio do atual Forum e a avenida Doutor Bruno Cassel).
No início, os jogadores de mais destaque foram o goleiro Beno Heinferdt, apelidado de Macacão por sua altura avantajada e defesas sensacionais; João Flores, Abílio Dias, Vilmar Bier, Beno Wolf, Pedro Piovesan, Mário Backes, Pridi Henzel, Raimundo Schiedel, Rosalino Aparício, Pubi Adams, entre outros.
Durante a sua história, o Guarani enfrentou algumas dificuldades e passou por períodos em que ficou “dormindo”, como diziam antigos dirigentes. Mas, em 1943, sob a presidência de Helmuth Blauth (que já se destacara como grande craque da equipe em anos passados) o Guarani “acorda”.
Nessa época, uma comissão formada por Fernando Palmezan, João Flores, José Nascimento e Rosalino Aparício solicita audiência com o governador Ernesto Dornelles, conseguindo desse a liberação de uma verba de cinquenta mil réis para a compra de uma área de terra para a construção de um estádio definitivo (em terreno próprio) para o clube.
A 6 de novembro de 1946, é lavrada a escritura de compra das terras. Em seguida, num trabalho de mutirão, realizado por torcedores e dirigentes, o potreiro onde hoje está localizado o estádio foi sendo transformado num campo de futebol.
Esporte muito difundido na época, o futebol se constituía na principal diversão dos fins de semana. “Era o tempo em que as mulheres brigavam de sombrinha nos estádios e muito eu briguei pelo Guarani, lembra Dona Maria Aparício, esposa de Rosalino “Chato” Aparício, um dos atletas integrantes da primeira equipe e depois treinador o time.
Em retribuição às visitas, eram frequentes as excursões do Guarani a cidades como São Leopoldo, Novo Hamburgo, Montenegro, Estância Velha e Nova Petrópolis, onde se defrontavam com as equipes locais.
É difícil precisar com exatidão os títulos conquistados pelo Guarani ao longo dos anos. Em 1953, 54 e 55, apesar de uma série de dificuldades enfrentadas em seus jogos no interior do estado, o Guarani foi Vice-ampeão Estadual de Amadores. Sabe-se também que foi Vice-Campeão Estadual de Amadores. Sabe-se também que foi por doze anos consecutivos, campeão municipal.
Nomes como Gim Silva, Tarugo, Tostão, Pedrinho Macaco, Antoninho Belé, Luisinho Belé, Luisinho Flores, Biquinho, João Birula, Oli, Querosene, Pérsio e Heitor Piovesan, jogadores da velha geração, e ainda atletas integrantes da equipe na década de sessenta, como Beto e Martim Adam, Rui Flores, Vato e Adail Rossetti, Ivandel Fraga, Erasmo Coelho, são dignos de lembrança pela sua fidelidade à camiseta e seus vários anos dedicados ao futebol do clube.
Desde o primeiro presidente, em 1916, que foi João Martim Adam, até os dias de hoje, vários nomes se sucederam na direção do clube.
Presidiram o Gurani Helmuth Blauth, Pedro Schütz Egídio Blauth, Jaime Blauth, Pedro Heitor Piovesan, Emo Burmgarttten, Ernesto Kievel, Reinholdo Klein, João Paulino de Mello, Adão de Souza Nunes, Valtoir Rossetti e Ivo Silva.
Matéria publicada pelo jornal Fato Novo, em 3 de maio de 1984
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