domingo, 12 de outubro de 2014

4893 - Assembléia aprova estudo propondo solução para as cheias em quatro municípios

Solução para o combate às cheias é recebida com entusiamo


Plano de obras contra as enchetes em Harmonia, Caí,  apontadas em assembléia foram aplaudidas pelo grande público presente ao Auditório Roberto Cardona

Paulo Azeredo manifestou sua disposição em trabalhar pelas obras que vão livrar Montenegro das enchentes
Os resultados de um estudo técnico que custou R$ 1,4 milhão e levou mais de um ano para ser concluído, foi apresentado à comunidade na noite da última quinta-feira, no auditório Roberto Atayde Cardona.

Prefeitos e outros representantes dos quatro municípios incluídos nesse estudo (Montenegro, Pareci Novo, Caí e Harmonia) estiveram presentes ao evento. Um bom público também participou e dezenas de pessoas permaneceram até o final da exposição e debates sobre o projeto, que se estendeu quase até a meia-noite.

O diretor superintendente da Metroplan, Oscar Escher, conduziu o trabalho e ao término da assembléia, elogiou aqueles que ficaram até o fim, ajudando a cumprir rigorosamente o objetivo do evento: conhecer e analizar as conclusões apresentadas pelo estudo e decidir pela sua aprovação ou não.

Mais de vinte profissionais especializados trabalharam nesse projeto, que foi muito bem exposto e impressionou a grande maioria dos presentes pelo seu embasamento e pela efetividade das medidas propostas para minimizar os prejuízos causados pelas enchentes no baixo Vale do Caí.

Ao final da exposição o público aplaudiu a equipe técnica da Engeplus, empresa contratatada pelo governo estadual para a realização do estudo. Era visível a satisfação da grande maioria dos presentes com o que viram.

A aprovação do estudo é apenas o primeiro passo dado para a solução do problema que vem causando pesados prejuízos à população das quatro cidades desde que elas foram fundadas.

A solução apontada para o problema, nos quatro municípios, é a construção de diques. Mas, no caso de Montenegro, o dique será acompanhado de um corta-rio: um canal que vai servir como atalho numa grande curva do rio.

Alguns dos presentes manifestaram sua preocupação quanto às consequências que o projeto poderiam trazer para suas comunidades. 

As localidades de Matiel e Várzea, no município de Pareci Novo, já haviam manifestado sua preocupação em ocasião anterior e foram contempladas com a construção de diques que não estavam previstos. 

O secretário da agricultura de Capela de Santana, Vanderlei da Silva Machado, manifestou a preocupação do município quanto a consequências negativas que o projeto poderia trazer para as grandes plantações de arroz existentes na várzea do rio Caí, perto de Montenegro. Atividade que tem grande impacto na receita do município. Os engenheiros da Engeplus o tranquilizaram quanto a isso, pois o dique e o canal resultarão em mais impactos positivos do que negativos para a produção de arroz no local. O diretor Oscar Escher manifestou, de qualquer forma, a sua disposição para examinar essa questão mais a fundo, juntamente com o secretário capelense.

Para Escher muito importante que todas as questões do projeto sejam discutidas em profundidade de modo que haja um acordo geral a respeito da obra. A união das comunidades é fundamental para a concretização da próxima etapa desse esforço: a de buscar, em Brasília, os recursos necessários para a realização da obra.


Matiel terá grande desenvolvimento com a contrução do dique e de uma nova ponte
A localidade de Matiel pertence ao município de Pareci Novo, e fica encostada na cidade do Caí. Mas existe uma barreira entre as duas povoações: o rio Caí.
Como é necessário fazer uma grande volta, passando pelas três pontes estreitas, a distância entre o centro do Matiel e o Caí passa a ser de três quilômetros.

Caso seja construída uma ponte sobre o rio Caí, um pouco abaixo do bairro caiense de Navegantes, essa distância será reduzida para 400 metros. Isso fará com que o Matiel fique bem mais próximo do centro do Caí do que a maioria dos bairros da cidade. A Morada do Vale, Loteamento Laux, Loteamento Popular e São José ficam bem mais longes do que isso.

O Caí está se desenvolvendo muito. Tem comércio muito variado, grande número de consultórios médicos e odontológicos, agências bancárias, um cinema e há, até, o projeto de um shopping center. Por isso terrenos situados próximos ao centro caiense têm grande valor. E o mesmo vai acontecer com o Matiel, quando a ponte for construída.

O DAER já decidiu que não vale a pena construir outra ponte no mesmo lugar da atual e o projeto do dique, apresentado na última quinta-feira, prevê a construção de uma avenida construída em nível elevado para servir como dique. O projeto, conforme foi dito na exposição sobre o dique que foi realizada no Pareci Novo, já prevê a conexão da avenida/dique com a futura ponte.

Tudo isso, é claro, não acontecerá de uma hora para outra. Obras como essas demoram anos para serem executadas, mas a conclusão do estudo, confirmando a sua viabilidade, já foi um grande passo para a superação desse problema tão grave.

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