No século XX, caminhões faziam fila para carregar alfafa no porto, especialmente na safra da alfafa |
Foi o fato deste local ser próprio para o embarque e desembarque de mercadorias que fez a povoação crescer. O rio Caí, pouco acima deste ponto, torna-se encachoeirado, dificultando a navegação. Por isto a produção dos colonos alemães de São José do Hortêncio, Linha Nova, Nova Petrópolis, Feliz, Vale Real, Alto Feliz, São Vendelino e Bom Princípio passou a ser levada, no lombo de mulas ou em carretas, até a praia do rio Caí, para ser embarcada ali e levada em canoas ou barcos para Porto Alegre.
Como os colonos alemães tinham tecnologia agrícola muito superior à dos agricultores brasileiros de origem lusa, a produção do Vale do Cai destacou-se muito. Para se ter uma idéia, no final do século XIX, o vale chegou a ser o maior produtor de feijão do pais. E outros produtos eram destacadamente exportados, como a banha e a alfafa (que era usada, inclusive, pela cavalaria do exército nacional).
Isto fez com que, em poucas décadas, São Sebastião do Caí crescesse e se transformasse numa das mais dinâmicas cidades do Rio Grande do Sul, com grande atividade industrial e comercial. Mesmo sendo muito menor e menos populosa do que é hoje, entre os anos de 1890 e 1910 o Caí era uma das mais importantes, e mais progressistas, cidades gaúchas. Em grande parte devido a imigrantes e filhos de imigrantes alemães, cultos e empreendedores, que vieram se estabelecer ali, com atividades comerciais e industriais. Entre eles: A J Reener, Mentz, Ritter.
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