segunda-feira, 31 de agosto de 2009

364 - Caixeiro-viajante

Antigamente as lojas tinhão balcões. Os funcionários das lojas, que eram conhecidos como caixeiros ou balconistas, ficavam atrás do balcão e os clientes na frente, sem acesso direto à maioria das mercadorias. O caixeiro viajante era um vendedor que visitava os comerciantes fazendo vendas por atacado. No século XIX e início do século XX, eles se deslocavam a cavalo, mula ou burro. A partir das décadas de 1920 e 1930 os animais começaram a ser substituídos por automóveis

Antônio Campani nasceu em Porto Alegre no dia 30 de maio de 1892. Ele era filho de um imigrante austríaco chamado Luis Campani, vindo da cidade de Innsbruck, que trabalhava com caixeiro viajante, percorrendo o interior do estado. Sua mãe se chamava Rosina Crusius.
Quando jovem, Antônio José Campani trabalhou como balconista na firma Sperb & Cia, ainda em Porto Alegre. Depois se tornou caixeiro-viajante, como o pai, fazendo vendas para a firma Sperb pelo interior do estado. O caixeiro-viajante (ou musterreiter, em alemão) trabalhava para atacadistas de Porto Alegre visitando os estabelecimentos comerciais do interior (especialmente os antigos armazéns ou vendas) nos quais colhia encomendas de produtos. O musterreiter viajava em lombo de burro ou de mula e os produtos encomendados eram entregues, semanas ou até meses depois, levados em carretas puxadas a boi.
Em 30 de novembro de 1912, Antônio casou-se com Anna Sibylla Junges, que era natural da localidade de Pesqueiro, situada às margens do rio Cai, no interior de Montenegro. O pai de Anna chamava-se Carlos Junges e era dono de um pequeno estaleiro, dedicando-se à fabricação dos barcos que faziam a navegação no rio Caí. Estes barcos, que serviam tanto para o transporte de cargas quanto de passageiros, eram chamados de gasolinas, pelo fato de serem movidos por motores a gasolina. Como Carlos Junges tinha o seu estaleiro na vila de Pareci Novo, Antônio Campani, depois de casado, resolveu ir morar também ali.

Nenhum comentário:

Postar um comentário