No dia 13 de março de 1986 morreu um dos homens mais admiráveis que já nasceram no Caí. Seu nome era Carlos Henrique Husche e ele era filho de uma família ilustre. Seu pai era o médico caiense Carl Friederich Hunsche. E foi seu avô o pastor Heinrisch Hunsche que, de Linha Nova, dava assistência aos evagélicos luteranos de todo o Vale do Caí.
Carlos Henrique Hunsche nasceu no Caí em 25 de julho de 1913, numa época em que a cidade ainda se destacava como uma das mais dinâmicas do estado pelo seu intenso comércio e indústria. O pai dele era dono de um pequeno hospital situado em frente ao cais do porto. Uma localização nobre, naquela época.
Quando jovem, a pedido do avô, Carlos Henrique foi etudar filosofia na Alemanha e estava lá quando ocorreu a segunda guerra mundial. Jovem ele deve ter se contaminado com os sonhos (ou delírios) grandiosos do nazismo e serviu ao regime de Adolf Hitler atuando como locutor dos programas de rádio que difundiam a propaganda nazista dirigida para o Brasil. Como o Brasil acabou entrando na guerra contra a Alemanha, o jovem Carlos passou a ser visto por alguns como um traidor da pátria. Uma situação tão delicada que, depois que terminou a guerra o caiense Carlos Henrique não pode voltar para o Brasil, indo radicar-se em Buenos Aires, onde dedicou-se à importação e ao comércio de produtos brasileiros. Somente em 1973, já com 60 anos, ele retornou ao Brasil e foi fixar-se em Gramado
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