quarta-feira, 19 de agosto de 2009

200 - Colônia do Fundo

Segundo consta da carta que o colono Mathias Franzen escreveu em 1832 para seus parentes na Alemanha, onze pessoas morreram no massacre do Roseiral (seis da família de Gaspar Göllner). E depois deste episódio os colonos que haviam se estabelecido nas “colônias do fundo” mudaram-se para onde hoje existe a cidade de Hortêncio, morando em casas situadas uma ao lado da outra. O que não era normal na época, pois cada colono de Hortêncio recebeu do governo uma propriedade extensa, com perto de 80 hectares. Fica claro, portanto, que além dos Göllner, outras famílias de imigrantes alemães já viviam no Roseiral em 1831.
Devido ao perigo representado pelos ataques dos índios, a colonização do Vale do Caí foi iniciada com a venda de lotes situados perto do rio, onde os colonos ficavam mais concentrados e próximos, podendo se proteger mutuamente. A proximidade do rio era importante também porque ele era, na época, o único meio de transporte viável. Estradas não existiam, apenas picadas (trilhos estreitos pelo meio do mato) pelas quais não se podia trafegar com uma carroça. Elas davam passagem apenas para pessoas caminhando ou montadas em cavalos ou burros.
Devido ao massacre ocorrido no Roseiral em 1832, a tentativa de colonizar a região próxima de Feliz foi abandonada por mais de duas décadas, sendo retomada apenas em 1846, depois que o governo criou a colônia de Feliz.

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