Segundo informa Klaus Becker na sua obra Os Primeiros Alemães no Município de Montenegro, “a atual cidade de Montenegro só recebeu habitantes de origem alemã pouco antes de 1860”.
Ainda segundo Becker, a comunidade evangélica local foi fundada em 1864, na casa de Jacó Schilling e entre os seus componentes encontrava-se o comerciante João André Kochenburger. E foi este pioneiro que fundou a colônia de Maratá, em 1855, juntamente com João Frederico Schreiner e Pedro Schreiner, que eram irmãos. Os três adquiriram uma grande área de terras pertencente ao Coronel Apolinário Pereira de Morais, que a havia ganho do Governo Federal por sesmaria. A doação de terras era, ainda no início do século XIX, uma forma muito usada pelo governo para premiar militares que lutaram na defesa dos seus interesses.
Em muitas das colônias particulares criadas por esta época, houve uma preocupação de selecionar os colonos, separando-os por religião. Observe-se que em comunidades como Pareci Novo, Harmonia, Tupandi e Bom Princípio até hoje há uma quase exclusividade de católicos. Isto não aconteceu, porém, no Maratá, onde os empreendedores que promoveram a colonização, João André Kochenburger e os irmãos Schreiner, eram evangélicos. Segundo Germano Roberto Henke afirma no seu trabalho A Colonização do Maratá, embora os três comerciantes fossem evangélicos, suas esposas e filhos eram católicos, o que bem demonstra o seu espírito de tolerância religiosa. No Maratá não houve qualquer discriminação no que diz respeito à religião dos colonos e os primeiros que chegaram, Ludwig Escher e Georg Wolhfardt, eram católicos. Isto aconteceu pelo ano de 1858. Os colonos pioneiros vinham das colônias velhas (especialmente de São Leopoldo, Novo Hamburgo, Dois Irmãos, Santa Maria do Herval e São José do Hortêncio) e, quando os primeiros chegaram ao Maratá, os únicos civilizados que habitavam a região eram os irmãos Brochier, que lá viviam isolados, no meio da selva, há mais de vinte anos.
Segundo Germano Roberto Henke, os primeiros colonos evangélicos do Maratá foram os irmãos João Friedrich e Pedro Schreiner e seu sócio João Andreas Kochenburger - os fundadores da colônia - e mais Rodolfo Freitag, Jacob Schmidtt, Felipe Müller, Matias Schröder, Jorge Henrique Hack, Matias Weber, Miguel Hoerzer, Carlos Daniel Holderbaum, Pedro Lavall, Frederico Schröder, Jacob Bender, João Mathje (ou Rathje), João Schröder, Jacob Frederico Schröder, Felipe Schmitzhaus, Pedro Härter, Pedro Bock, Pedro Klein, Cristiano Halm, Cristiano Husfeld (ou Muxfeldt), Carlos Georg, Henrique Köhler, Henrique Krahl, Nicolau Scheidt, Jacob Mattes e Carlos Becker.
Quando começou a colonização de Maratá, ainda não havia sido criado o municipio de Montenegro e as terras da localidade integravam o município de Triunfo. Naquela época o território situado ao lado direito do Rio Caí pertencia a Triunfo e as terras do lado esquerdo do rio ao município de São Leopoldo. Alguns anos depois, em 1873, ocorreu a emancipação de Montenegro, com o que a colônia de Maratá passou a pertencer a este município.
Sou filho de Leopoldo Schreiner, nascido em 1917 em Montenegro, segundo minha mãe. Ele faleceu em 1974. Meus avós eram João Frederico Pedro Schreiner e Marta Elídia Pretsch. Será que sou parente dos irmãos Schreiner de Maratá? se alguém que leu este blog tiver alguma informação e quiser compartilhar, favor escrever-me: sergio.schreiner@hotmail.com.
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ResponderExcluirOlá, sou descendente de Ludwig (Ludovicus) Escher, ele era meu quintoavô, pai de Pedro Escher, meu tetravô, que chegou junto com ele no RS, por um erro no cartório a grafia do meu nome ficou errada, mas gostaria de saber como você encontrou este livro! Obrigada. Att., Maria Fernanda Esaier (Escher) Settin.
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