Até um pouco antes da metade do século XIX, Francisco Veloso e Tertuliano Pereira (com suas respectivas famílias) eram, pelo que se sabe, os únicos moradores de todo o Vale do Forromeco. A razão deste fraco povoamento foi o temor que inspirava a mata fechada, pela qual perambulavam os grupos de índios selvagens e as onças ferozes. Os rio-grandenses daquela época preferiam estabelecer-se nas regiões de campo, onde era mais fácil desenvolver a agricultura e, principalmente, a criação de gado.
Tanto o Ferromeco como Tertuliano não eram verdadeiros colonos, pois eles não se dedicavam intensivamente à agricultura. Viviam da caça, da pesca e vendiam artigos extraídos da floresta, como as peles de animais. Mantinham também, certamente, relações comerciais com os índios, trocando produtos característicos do mundo civilizado (como facas, sal, espelhos e adereços) por produtos que os índios extraíam da selva (como peles de animais e mel silvestre). Os produtos obtidos com os índios nestas trocas eram vendidos por Ferromeco e Tertuliano ao povo da cidade.
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