Lembram os antigos que os viajantes que pernoitavam nos hotéis da antiga localidade de Gauer Eck amarravam seus burros e cavalos na frente das casas e compravam pasto dos moradores. No princípio não existiam pontes sobre os arroios e rios e os viajantes tinham de atravessá-los a vau, no lombo do cavalo ou do burro ou com a ajuda de um barqueiro. Quando o arroio estava alto em virtude das chuvas, a travessia era impossível e, em razão disto, costumavam instalar-se hotéis nestes locais. As pessoas tinham de esperar por ali até que o arroio baixasse o suficiente para permitir a travessia. Geralmente eram os comerciantes do lugar que alugavam quartos para os viajantes. Guilherme Gauer foi um dos primeiros comerciantes do Gauer-Ecke a sua casa comercial situava-se no local onde hoje se encontra o centro telefônico de Dom Diogo. O grande fluxo da estrada Buarque de Macedo fez com que o Gauer-Eck prosperasse muito no fim do século XIX e início do século XX. Mas depois que foi inaugurada a estrada de ferro ligando Montenegro à Serra, em 1909, o movimento na estrada de rodagem diminuiu muito e isto provocou um período de decadência na localidade.
Num mapa do município de Montenegro elaborado em 1937 ainda se pode ver a atual Dom Diogo registrada com a sua antiga denominação de Gauer-Eck. A mudança de nome ocorreu pouco depois, certamente em virtude da guerra contra a Alemanha, que fez o governo brasileiro proibir que cidades e localidades brasileiras continuassem com nomes alemães. Com o nome Dom Diogo foi feita homenagem a um dos primeiros governadores do Rio Grande do Sul: Dom Diogo de Souza.
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