João Ignácio Teixeira permaneceu solteiro até a sua morte. Mas reconheceu como sendo seu filho natural o menino José Ignácio Teixeira, que foi batizado em 17 de novembro de 1807 recebendo o mesmo nome do seu tio, que também foi seu padrinho. Mais tarde, para diferenciar, o menino passou a ser chamado José Ignácio Teixeira Júnior. Não se sabe até hoje quem foi a mãe de José Ignácio Júnior. Mas um quadro da época revela que ele era loiro e contavam-se histórias segundo as quais ele teria sido fruto do relacionamento amoroso entre o rico comerciante João Ignácio e a mulher de um capitão de navio estrangeiro.
Segundo documentos da época, o menino teria nascido em outubro de 1807 e, como seu pai era solteiro, foi criado inicialmente na casa do padrinho e tio José Ignácio, que era casado. Anos depois, ainda menino, passou a viver com o pai. Também conhecido pelo apelido de Juca Teixeira, José Ignácio Teixeira Júnior foi o maior proprietário de terras na região do Vale do Caí no século passado e teve grande influência na vida da região.
Suas terras se estendiam pelas duas margens do rio Caí, no Pareci Velho e no Pareci Novo. Mais importante, no início, eram as terras do lado esquerdo do rio, próximas a Capela de Santana. Terras de campo, apropriadas para a criação de gado. Do lado direito do rio, predominavam os matos e iam do Pareci Novo até Tupandi.
A sede da fazenda foi estabelecida no local onde hoje se situa a cidade de Pareci Novo. A casa de Juca Ignácio era um grande prédio do qual não restam hoje se não vestígios. Juca casou em Porto Alegre, no dia 8 de dezembro de 1829, com Margarida de Sena, também natural daquela cidade e filha do cirurgião-mor Inácio Joaquim de Paiva. Ele faleceu em 21 de setembro de 1865.
Ao vender terras, principalmente para colonos de origem alemã provenientes de São José do Hortêncio, Juca Ignácio e seus descendentes incentivaram o desenvolvimento de toda a região colonial constituída pelos atuais municípios de Pareci Novo, Harmonia e Tupandi.
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