quinta-feira, 13 de agosto de 2009

115 - O escriba caiense

Apesar da sua origem humilde, o menino Manoel era muito inteligente. Concluiu o estudo fundamental no melhor colégio caiense que era mantido pelas irmãs de Santa Catarina e funcionava no mesmo local onde hoje está a Escola Estadual São Sebastião. Com isto capacitou-se para ingressar no serviço público municipal em cargos de maior relevo. Quando adulto, participou de um curso para adultos organizado por Alceu Masson - o mais renomado intelectual caiense da época.
Com isto, seu Manoel desenvolveu grande capacidade de redação e tornou-se elemento indispensável na prefeitura. Era ele que redigia as leis municipais e até a correspondência expedida pela prefeitura. Tornou-se assessor direto de todos os prefeitos caienses ao longo de um extenso período, incluindo prefeitos como Orestes Lucas, Mário Leão, Bruno Cassel e Heitor Selbach. Havia uma alternância constante no poder, mas seu Manoel continua sempre no cargo, pois ninguém sabia escrever e cuidar da burocracia da prefeitura como ele. Por isto, mesmo depois de chegar o seu tempo de aposentadoria, ele continuou trabalhando na prefeitura por muitos anos.
Casado com dona Massimília, seu Manoel criou cinco filhas: Zaira, Zaide, Zoraide, Zoraia e Alessandra. Esta última escapou do nome iniciado com z por pressão da família. O casal teve também um filho homem, o segundo, que chamou-se Cícero mas morreu com apenas um ano de idade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário