No pleito seguinte, realizado em 1951, Campani trocou de partido, concorrendo pela UDN (influenciado pelo ex-prefeito caiense Luiz Clóvis Kroeff). Enfrentou forte concorrência em Montenegro, onde o ex-prefeito Hélio Alves de Oliveira elegeu-se deputado pelo PL. Não conseguiu eleger-se, ficando apenas como suplente de deputado.
Esta campanha para deputado foi muito acirrada. Carlos Campani, filho mais novo do deputado, conta alguns episódios que presenciou. Em certa ocasião seu pai promovia uma reunião de campanha na Sociedade de Pareci Velho fazendo a projeção de um filme para os eleitores do lugar. Enquanto isto, adversários cortaram os aros da roda do seu carro estacionado próximo à sociedade. Os aros eram de madeira. Noutra ocasião, opositores colocaram sal dentro do radiador, o que teria causado irremediável dano ao motor, caso este fosse ligado. Mas o golpe foi descoberto antes que isto acontecesse, pois os desafetos deixaram cair sal nas imediações do carro e o radiador pode ser esvasiado e limpo antes do motor ser acionado. E aconteceu ainda que, em Montenegro, foram colocados falsos panfletos de propaganda escritos em alemão - o que era proibido - dentro do carro do candidato. Horas depois a polícia foi fazer uma inspeção no carro, atendendo a uma denúncia, e nada encontrou. Um filho do deputado, Carlos, havia encontrado os panfletos e eles foram retirados do carro antes que a polícia fizesse a sua inspeção.
Continuou com as suas atividades de empresário, no comércio de sementes. Em 1964, já com 72 anos, mas ainda bastante dinâmico, ele sofreu um grande prejuízo. Perdeu grande parte das suas economias devido à inflação galopante que ocorreu neste ano. Desgosto que talvez contribuiu para a sua morte, ocorrida em 8 de agosto daquele mesmo ano, vitimado por um infarto.
Deixou os filhos Luis Germano, Gertrudes Rosina, Ilse Brunilde, Paulo (que morreu ainda bebê) e Carlos Antônio, que seguiu a sua profissão de caixeiro-viajante.
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