segunda-feira, 17 de agosto de 2009

135 - Pioneiros de Dom Diogo

Conta José Adalíbio Fell, no seu livro, que o local era conhecido anteriormente como Arroio Claro das Pedras. A colonização do local começou em 1864, quando vieram as três primeiras famílias de agricultores, todos oriundos de Baumschneis (hoje Dois Irmãos). Estes pioneiros eram João Gauer, José Hummes e João Müller. João Gauer destacou-se dos demais porque, além de agricultor, ele também era entendido em medição de terras e, por isto, foi encarregado de medi-las e vendê-las. Por isto a localidade acabou sendo conhecida como Gauer-Eck ou Picada Gauer. Aos poucos foram chegando outras famílias e, em 1870, já estavam estabelecidas por lá catorze famílias, todas católicas, de origem alemã e provenientes da Baumschneis. Os chefes destas primeiras famílias eram, além dos três já mencionados, Daniel Gallas, Pedro Führ, Jorge Lauren, Jacob Götz, Mathias Krein, Bernardo Lorenz, João Allf, João Ertel, Cristiano Larsen, João Pedro Bender e Nicolau Becker.
Logo no início da povoação os colonos se reuniam na casa de Daniel Gallas para fazer orações e, assim, preservar a sua fé religiosa. Mas já em 1871 eles começaram a construir uma capela que foi dedicada a São Francisco de Salles. Mesmo nome que a bela igreja da atual Dom Diogo guarda até hoje. E ali foi rezada a primeira missa, pelo padre Miguel Keller, que teve para isto de se deslocar, andando no lombo de cavalo ou de mula, desde a paróquia de São José do Hortêncio. Esta paróquia foi a primneira no estado a contar com padres que sabiam falar o alemão. A igreja do Gauer-Eck foi uma das mais antigas construídas na região. Originalmente ela foi feita de madeira, mas em 1936 esta igreja foi destruída por um raio e teve de ser reconstruída no ano seguinte.
A capela de São Pedro, na vizinha localidade de São Pedro do Maratá, foi construída por volta de 1875.

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