segunda-feira, 17 de agosto de 2009

136 - Iniciativa privada estimula a migração

As três primeiras colônias de alemães surgidas no Rio Grande do Sul por iniciativa de empreendedores particulares foram criadas no ano de 1846, logo depois que terminou a Revolução Farroupilha e a vida social e econômica do Rio Grande do Sul voltou à normalidade. Tristão Monteiro foi o criador da colônia de Mundo Novo (atual Taquara), Guilherme Winter a de Winterschneis (atual Bom Princípio) e Miguel Kroeff a de Santa Maria da Boca do Monte (atual Santa Maria). Estes três empreendedores tiveram sucesso nas suas iniciativas e isto incentivou outros proprietários de terras a fazerem loteamentos semelhantes. Grandes fazendas que eram pouco utilizadas ou estavam totalmente abandonadas foram, assim, divididas em propriedades rurais não muito grandes mas de tamanho suficiente para que uma família nela fizesse suas plantações e criações.
No seu belo livro A Saga dos Descendentes de Peter Fell, o pesquisador José Adalíbio Fell dedicou um capítulo à localidade de Gauer-Eck, na qual viveram muitos membros desta família. Este foi um dos muitos casos de loteamentos de terras realizados no Vale do Caí na segunda metade do século XIX. Caso semelhante ao ocorrido em Pareci Novo, Harmonia, Tupandi, Maratá, Brochier e Poço das Antas. Vemos ali que a atual cidade de Dom Diogo, sede do novo município de São José do Sul, chamou-se inicialmente Gauer-Eck. O que, em alemão, significa Canto dos Gauer ou Cantão dos Gauer. Falando-se hoje de Dom Diogo, pode se dizer que esta pequena cidade fica junto à estrada RST-470, que liga Montenegro a Salvador do Sul. Usando a linguagem da época, quando a estrada referida ainda não existia, José Fell localiza o Gauer-Eck a noroeste da antiga Fazenda Pareci e ao lado da Fazenda Maratá.

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