Os irmãos Brochier dedicavam-se à exploração de madeira, que extraíam das suas terras e vendiam em Porto Alegre. Pelo visto, naquela época existia muito pinheiro (araucárias) na região e esta madeira leve e de tronco reto, fácil de cortar, transportar e serrar, era muito apreciada na época. Os Brochier possuíam serraria própria. Na época, como não havia energia elétrica, as serrarias costumavam ser movidas pela força de um moinho. Uma roda movida pela força da água corrente movimentava a serra que cortava a madeira. Naquela época não existiam estradas e o transporte era feito apenas no lombo de cavalos ou burros. Para levar a madeira até Porto Alegre, os Brochier valiam-se do arroio Maratá e do rio Caí. O arroio, naquela época, era mais profundo e navegável. Mesmo assim, o transporte da madeira só podia ser feito nas épocas de chuva, quando o nível da água se elevava.
Os Brochier, possivelmente, tinham o conhecimento necessário para construir engenhos deste tipo (afinal, se eram relojoeiros na França, tinham conhecimento de mecânica). Consta que eles adquiriram uma grande área de terras em troca de um engenho de serra e, vendendo lotes desta terra, ele atraíram colonos alemães que vieram se instalar na região na década de 1850.
Os irmãos Brochier, além de corajosos e empreendedores, eram homens cultos e contribuíram grandemente para o desenvolvimento da região na qual se estabeleceram.