econômica, o Caí voltou a prosperar na década de 1970. O doutor Bruno Cassel, já no seu terceiro mandato como prefeito, soube aproveitar a boa fase por que passava a economia brasileira naquela década e atraiu várias empresas para o município, inclusive a fábrica de calçados francesa Eran, que veio a transformar-se depois na filial da Azaléia estabelecida no bairro Vila Rica.
Heitor Pedro Selbach, então no seu segundo mandato, deu continuidade a este esforço e atraiu outra grande fábrica de calçados, a Fasolo, que veio a transformar-se, posteriormente, na filial da Azaléia situada no bairro Conceição. A pujança das duas filiais caienses da Azaléia e mais o desenvolvimento que a empresa Conservas Oderich vem apresentando nos últimos anos garantiram o crescimento do Caí na década de 90. O aumento da renda da população proporcionado pelas indústrias fortaleceu o comércio e a prestação de serviços e fez com que o Caí se desenvolvesse como um polo regional destes setores.
O asfaltamento das estradas que ligam o Caí a Harmonia, Pareci Novo, São José do Hortêncio e Capela de Santana deverá fortalecer esta tendência do Caí ser um centro regional. Tendência que vem desde o tempo em que as estradas de toda a região convergiam para o antigo porto.
A diminuição do território, ocorrida com sucessivas emancipações, também fez bem ao município. A prefeitura viu-se livre do pesado encargo de cuidar de um extenso território e pode concentrar sua atuação na cidade, que ganhou novo aspecto com suas ruas asfaltadas e ajardinamentos. As condições de vida do povo também melhoraram muito, com os investimentos que a prefeitura pode fazer nas áreas de educação e saúde. Foram criadas escolas de primeiro grau completo nos bairros populares de São Martim e São José (municipais) e expandiu-se notavelmente o ensino de segundo grau (estadual). Foi implantado o campus universitário da UCS Vale do Caí e várias empresas novas se instalarm no município, com destaque para a AGROSUL.
Um grande revés ocorreu, no entanto, com o fechamento das duas fábricas Azaléia. O contínuo crescimento da Oderich compensou, em parte, estas perdas. Mas não foi suficiente. A Azaléia, no fim do século XX, chegou a ser a maior empresa da região. A sua perda poderia ter sido catastrófica para o município, se não fosse pela Oderich e, mais recentemente, pela Agrosul. O surgimento da Concrevogel dá esperança de mais uma ajuda para a recuperação econômica do município.
Um fator muito negativo foi o fato do Caí não haver aproveitado o boon da produção de aves e suinos que impulsionou o crescimento de municípios vizinhos.
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