Nos tempos áureos da navegação, muitos barcos (vapores e gasolinas) percorriam o rio até ancorar no porto de São Sebastião do Caí. E, entre eles, o que mais se destacava era o vapor Horizonte. Ele era grande - o maior de todos - e além de transportar passageiros servia também para rebocar chatas (até três, algumas até maiores que o Horizonte) nas quais eram levadas cargas. Estas chatas eram dotadas de leme e precisavam de um piloto que as dirigisse, mantendo a sua direção correta, pelo canal do rio. Assim, o comboio composto pelo vapor e as duas ou três chatas que rebocava podia contornar as curvas do rio.
Foi com o Horizonte que aconteceu a maior tragédia na história da navegação no rio Caí.
O fato ocorreu no dia 6 de Junho de 1923, alguns quilômetros rio abaixo em relação a Montenegro.
A caldeira do vapor explodiu, destruindo o barco completamente. Corpos foram jogados a grande distância.
O resultado da tragédia foi a morte de 12 pessoas e outras seis feridas. O vapor Horizonte pertencia à empresa de navegação Kayser & Cia Erig.
Estes fatos dão uma idéia de como foi a intensa navegação no rio Caí naquela época.
Atualmente estuda-se a possibilidade da retomada da navegação no Caí, para levar os produtos da região até o superporto de Rio Grande.
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