sexta-feira, 11 de setembro de 2009

388 - A burra armada

Adolfo Oderich tinha 22 anos quando chegou ao Brasil, em 1879. Veio para trabalhar numa empresa de Porto Alegre, como caixeiro viajante. Andando a cavalo, ele percorria distâncias enormes, visitando armazéns e lojas para os quais vendia mercadorias diversas. Ele contava histórias desta época, que seu filho Max escreveu e, assim, chegaram até nós. Transcrevemos aqui algumas delas.
"Certo negociante possuía enorme "burra", hoje denominado cofre-forte, no próprio salão de atendimento aos fregueses. Meu pai estranhou e indagou se não seria, talvez, mais prudente deixar essa burra em lugar mais discreto. Ao que o negociante retrucou: Senhor Adolfo, vamos fazer de conta que o senhor é um assaltante. Puxa do trabuco ou faca obrigando-me a abrir o cofre. E, com isso, abriu a burra e já estava com duas garruchas ENGATILHADAS, uma em cada mão. O senhor não teria tempo nem mesmo de piscar um olho. Venho praticando isso todos os dia, antes de me recolher. Apelar para a polícia? Nem mesmo era conhecida naquelas bandas.


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