"O primeiro porto seguro era o Rio de Janeiro, onde os colonos tinham então que se identificar e, após isso, descansar alguns dias enquanto aguardavam uma embarcação costeira que os levaria ao sul, até o porto de Rio Grande. Portanto, desciam desde o Rio de Janeiro junto à costa, em veleiros menores; como o bergantim que possuía dois mastros, tendo cada mastro duas velas; como o brigue, com duas velas mais altas; como a escuna, embarcação pequena com dois mastros e vela retangular; ou ainda como a sumaca, um veleiro pequeno de dois mastros.
Assim que alcançavam o cais do porto de Rio Grande, descarregavam toda tralha, a espera ainda de outra embarcação, agora um barco a vapor, que os conduziria pela Lagoa dos Patos até a cidade de Porto Alegre, a capital do Estado. Então, novamente, o Fundo Documental de Colonização identificava todos os passageiros para averiguar sua procedência, o número de familiares, a profissão e a religião.
De Porto Alegre, as famílias faziam nova viagem, onde seguiam em lanchões pelo rio dos Sinos, empurrados com varas de madeira resistente, até o povoado de São Leopoldo, onde após eram conduzidos para o casario da antiga fazenda do Linho Cânhamo. Nesta hospedagem, freqüentemente, ficavam aguardando, durante meses, até finalmente receberem as terras do governo imperial, as quais viriam a serem doadas aos imigrantes até o ano de 1854. Recebiam ainda um soldo para a sobrevivência inicial, mais implementos agrícolas e sementes para iniciarem a limpeza da área e o plantio da primeira colheita."
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