sábado, 31 de outubro de 2009

550 - A volta de Jacó Versteg

Matias Rodrigues da Fonseca, que sabia falar alemão e tinha o hábito de embrenhar-se na mata fazendo caçadas, foi escolhido pelos membros da expedição para ser o chefe da mesma. Fato que demonstra o quanto ele era respeitado pelos colonos de Santa Maria da Soledade.
Tanto esta quanto outra expedição organizada para resgatar Valfrida, Jacó e Lucila foram mal sucedidas. Era difícil para os colonos enfrentar as agruras da selva e mais difícil ainda confrontar-se com os índios no ambiente que eles conheciam muito melhor. Além disto, a extensão das terras desabitadas que eram percorridas pelos índios na sua existência nômade tornava quase impossível a sua localização. Na segunda expedição de busca, patrocinada pelo governo, Luis Bugre ofereceu-se para participar e foi aceito devido aos seus conhecimentos da floresta e da tribo dos índios raptores. Mas tudo indica que ele procurou, ardilosamente, impedir o sucesso dos expedicionários.
Passaram-se os anos e os colonos nada souberam quanto ao destino da mãe e seus filhos. Nove anos mais tarde, Jacó Versteg apareceu de volta à civilização. Ele havia vivido com a tribo, levando uma vida de selvagem. Até que, já um rapaz adulto, com seus 23 anos, conseguiu fugir. Dirigiu-se para São Leopoldo, onde teve a sorte de encontrar seu pai. Assim Lamberto soube que tanto a esposa como a filha haviam sido mortas pelos índios.
Jacó Versteg narrou sua história pormenorizadamente para o monsenhor Matias Gansweidt, que a narrou no livro As Vítimas do Bugre. Um rico relato sobre as desventuras dos três raptados e sobre as características da floresta e dos seus primitivos habitantes.

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