Graças ao nível cultural dos imigrantes que vieram para a colônia de Santa Maria da Soledade, a indústria se desenvolveu em São Vendelino. Primeiro foram os moinhos. Ferrarias fabricavam carroças, ferramentas agrícolas e prensas para a produção de banha. Alambiques produziam cachaça, inclusive a da afamada marca Flor de São Vendelino. E houve até uma pequena hidroelétrica, que fornecia energia elétrica para a vila.
Entre todas estas iniciativas, a mais importante foi a Cooperativa, fundada em 25 de março de 1945. Em 1958 ela contava com 178 associados e processava 276.451 litros de leite por ano, produzindo 23.714 quilos de leite. Além da produção de leite, a cooperativa também se dedicava à produção de derivados da carne suína e, em 1960, tinha marca registrada de produtos como o queijo, a manteiga e o doce de leite. Em 1962, a cooperativa ainda se mostrava próspera, contando com 250 associados. Mas, aos poucos, ela foi se tornando menos competitiva e foi se enfraquecendo até a sua extinção, ocorrida na década de 1980.
Mas o progresso ocorrido em São Vendelino na primeira metade do século XX não se comparava ao que era observado em cidades melhor dotadas de meios de transporte e comunicação. São Leopoldo, Novo Hamburgo, Montenegro, Lajeado, Caxias do Sul, Farroupilha e mesmo a vizinha Feliz progrediam num ritmo muito mais vigoroso, criando-se uma desproporção de recursos entre os empreendedores destas cidades na comparação com os vendelinenses a ponto de que quase todos os negócios ali iniciados foram se consumindo com o passar das décadas.
A reversão deste grave quadro recessivo só viria décadas após, com mudanças de natureza política (notadamente a emancipação) e com o asfaltamento da RS-122.
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