São Vendelino teve grande desenvolvimento nas primeiras décadas da sua existencia. Mas,depois disto veio uma época negra para o desenvolvimento da região. Enquanto outras localidades progrediram por estar situadas junto às vias de comunicação e transporte (rios, estradas de ferro e de rodagem), São Vendelino permaneceu relativamente estagnado pelo seu isolamento. Numa primeira fase, cidades como o Caí e Montenegro, situadas junto a rios navegáveis, prosperaram mais. Depois veio a fase das ferrovias, levando o progresso para cidades como Caxias do Sul e Novo Hamburgo. Por fim surgiram as estradas asfaltadas. E as localidades que não foram servidas por nenhum destes caminhos eficazes para o escoamento da sua produção ficaram à margem do desenvolvimento. No Vale do Caí, as velhas colônias que mais sofreram por causa desta desvantagem foram São José do Hortêncio (justamente o primeiro núcleo de colonização) e Tupandi. Mas São Vendelino também tardou em ser alcançado pelo asfalto. No fim do século XIX e grande parte do século XX, a estrada principal da região era a Júlio de Castilhos, que passava por Feliz (onde foi construída a ponte de ferro sobre o rio Caí, em 1900) e Alto Feliz, chegando a Farroupilha e Caxias do Sul. A RS-122, rodovia estadual que passa por São Vendelino atualmente, só foi asfaltada no ano de 1973, provocando um novo despertar para o município que havia ficado em estado de letargia por quase um século.
Não se pode dizer que os vendelinenses não tenham se esforçado e que não tenham conseguido alguns êxitos consideráveis através do seu trabalho. Mas todo o esforço feito em São Vendelino esbarrou na dificuldade de que esforços semelhantes feitos em outras localidades melhor localizadas tinham muito mais possibilidade de sucesso.
Homens de muito valor se dedicaram a promover o desenvolvimento da localidade. Exemplo disto foi o Cônego Pedro Alfredo Caspary. Um verdadeiro líder, ele foi responsável não só pela edificação da bela igreja que é até hoje o mais portentoso prédio de São Vendelino, como também da ponte que atravessa o Forromeco no centro da cidade. O Cônego Caspary liderou a comunidade também na criação da Cooperativa de São Vendelino.
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