Nas suas anotações biográficas (escritas por volta de 1935) ele refere-se a uma viagem que fez à localidade de Bom Jardim, nos seguintes termos.
"Para os dias de Todos os Santos e Finados, mandaram-me de São Leopoldo a Bom Jardim, aliás São Pedro do Bom Jardim, hoje Ivoti." Esta observação reforça a tese de que existiram duas localidades próximas, com nomes semelhantes. A de Bom Jardim (situada entre Lindolfo Collor e o Campestre da Conceição), chamada simplesmente de Bom Jardim. A outra, chamada de São Pedro de Bom Jardim, que depois veio a ter o seu nome modificado para Ivoti.
Também nas suas anotações (feitas pelo ano de 1935, repita-se) Amstad refere-se às paróquias que atendia quando padre auxiliar em São Sebastião do Caí. Entre elas, cita "Sant'Ana do Rio dos Sinos, hoje Azevedo". Isto sugere que, no fim do século XIX e início do século XX, a atual cidade de Capela de Santana era ainda conhecida como Santana do Rio dos Sinos e que, em 1935 este nome havia mudado para Azevedo. Parece que, ao contrário do que poderia se pensar, Azevedo não era apenas o nome do atual bairro Estação, onde foi contruida a estação da estrada de ferro que recebeu o nome de Estação Azevedo. Também a vila que hoje é a sede do município de Capela era chamada de Azevedo.
Para tornar a situação mais confusa, Alceu Masson, autor da monografia Caí, utilizou termos diferentes para denominar tanto a vila, que chamou simplesmente de Capela, quanto o atual bairro Estação, que chamou de Estação Capela.
Estas confusões sempre existiram devido às diferenças entre os nomes oficiais e os populares. O nome Sant'Ana do Rio dos Sinos é a denominação oficial dada pela igreja à paróquia. Mas a população sempre preferiu o nome Capela de Santana, que acabou prevalecendo.
Por outro lado, o governo do Rio Grande do Sul, tinha um certo desentendimento com a igreja e, em certa época, resolveu cortar os nomes de santos. São Sebastião do Caí, por exemplo, passou a chamar-se apenas Caí. E, da mesma forma, Capela de Santana deve ter sido dessantificado para Capela.
O assunto merece um bom caítulo para o próximo livro do professor Laerte Oliveira, que é autor de três livros sobre Capela de Santana. Maior autoridade mundial sobre a história do município.
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