"Sfria ela do mal da promiscuidade étnica e confessional, que caracterizava quase todos esses lugares, sendo que os teutos protestantes superavam em muito, numericamente, os católicos. Também no concernente à sua colocação social e quanto às posses."
Não lhe pareceu nada favorável esta situação em que "colonos católicos e protestantes moravam de mistura com os luso-brasileiros."
Aos nossos ouvidos modernos, essas palavras parecem preconceituosas e discriminatórias. Mas refletia o pensamento das mentes bem formadas, das pessoas de bem daquela época.
O padre Arthur Rabuske, que traduziu o manuscrito de Amstad escrito por volta de 1935, comenta esta situação:
"Hoje, a partir da nossa sociedade pluralista e em clima ameno de ecumenismo, temos as nossas dificuldades em compreender a posição daqueles servos do Evangelho, parecendo-nos ela exagerada ou ao menos discutível. Fica, porém, aqui a pergunta: - teríamos nós, em circunstâncias e épocas diferentes, agido de maneira outra e mais acertada que eles?!..."
As palavras do padre Rabuske são admiráveis e demonstram como o pensamento humano evoluiu no passar de um século. Mas ao conhecermos melhor o padre Amstad veremos que ele era um homem extremamente digno e admirável. Seu pensamento estava à frente da sua época. Mais até, talvez, do que o deste outro jesuíta tão digno da nossa admiração que é o padre Rabuske.
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