Bem antigamente, quando não existiam pontes, os rios eram transpostos nos passos. Ou seja, locais onde era mais fácil de passar. A pé ou a nado, montado a cavalo ou numa mula, os viajantes enfrentavam os riscos da travessia pela necessidade de viajar. Os tropeiros que levavam manadas de gado ou de mulas, nos séculos XVII, XVIII, XIX e até a metade do século XX, iam do Rio Grande do Sul até São Paulo e não encontravam muitas pontes no seu caminho.
Quando chovia, a travessia se tornava mais difícil e perigosa e, muitas vezes, era necessário esperar alguns dias, antes de efetuar a travessia e seguir viagem.
As picadas no meio da mata convergiam para estes passos. Com o tempo elas tornaram-se estradas, mas os viajantes continuaram utilizando os passos. Ali costumava haver um homem que, com um caíco ou uma balsa auxiliava os viajantes a fazer a travessia e ganhava algum dinheiro pelo serviço.
Estabelecimentos comerciais eram normalmente instalados junto aos passos, para aproveitar o trânsito que ali passava. E, como era comum naquele tempo, os armazéns tinham acomodações para hóspedes. Muito utilizadas nas ocasiões em que o rio cheio impedia a travessia.
Com o tempo, no mesmo local dos passos, foram sendo instaladas barcas capazes de transportar automóveis e carretas. E, em muitos casos, no mesmo local do passo ou próximo dele foram construídas pontes.
Um exemplo disto é o Passo da Boa Esperança, junto à cidade de Feliz. Desde o início do século XIX, e antes disto, o local era usado para travessias. E lá por 1840 havia um morador no local. No ano de 1900, com o trânsito já intenso (inclusive para Caxias do Sul e outras cidades da região serrana, foi feito um grande investimento: a construção de uma ponte de ferro, no ano de 1900. Ela foi feita uma centena de metros rio acima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário