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Situada no morro do hospital, junto ao centro do Caí, a pedreira funcionou durante décadas e muita pedra foi tirada dali pelo pessoal da prefeitura, tanto para melhorar as condições de tráfego nas estradas municipais como para a pavimentação das ruas com pedra irregular.
Até ser fechada, em 1977, eram feitas detonações com dinamite no local. Idomar da Silva Motta era o encarregado de fazer as detonações na pedreira. Um pouco antes da explosão, Erácio gritava, lá de cima do morro, três vezes, a palavra “Fogo”. E o seu grito era ouvido em boa parte da cidade. O que dá uma idéia do silêncio que havia naquele tempo em que poucos automóveis trafegavam pelas ruas e estradas.
A cada detonação, pedras voavam alto e algumas delas caíam sobre o asfalto da RS-122 ou sobre o telhado da antiga Churrascaria Bagatini. Algumas telhas quebraram, na churrascaria, que ficava em frente ao posto Tigrão (Esso). Um borracheiro, que trabalhava no prédio ao lado da churrascaria, teimava em não sair do local quando ocorria o aviso das detonações e, certa vez, foi atingido por uma pedra e teve um braço quebrado.
Para evitar o risco de alguma pedra atingir veículos que passavam pela RS-122, funcionários da prefeitura interrompiam o trânsito momentos antes das detonações.
Com o aumento do trânsito na rodovia, tornou-se inviável continuar com as detonações na velha pedreira e a prefeitura optou por abrir uma nova, no bairro Angico.
Restou, então, no local da velha pedreira, um grande paredão que, abandonado, está cada vez mais tomado pelo mato. Árvores grandes já se criaram no seu entorno e até mesmo na base do paredão, deixando o local ainda mais bonito.
O paredão tem 32 metros de altura e, do alto dele, se tem uma magnífica vista da cidade.
No último governo do prefeito Heitor Selbach (de 1977 a 1983), foi instalada ali uma estrela guia desenhada com lâmpadas, que é usada até hoje na época do Natal.
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