segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

1318 - Amstad, o cavaleiro da fé

Caixeiro-viajante de Deus

18 de fevereiro de 20129
O padre Theodor Amstad. Foto: reprodução do livro "Sesquicentenário da Imigração Alemã, Editora Edel"
Um padre católico nascido na Suíça tornou-se um grande personagem dentro da comunidade gaúcha de origem alemã. No mínimo, por sua presença física: calcula-se que o jesuíta Theodor Amstad (1851 – 1938) chegou a percorrer uns bons 5 mil quilômetros, montado em um burro, percorrendo regiões de colonização alemã no Estado. Primeiro, ele visitava as famílias na condição de sacerdote. Depois, como representante da Sociedade União Popular do Rio Grande do Sul (Volksverein), entidade fundada por ele – que, no próximo dia 26, completa cem anos de atividade.
Amstad chegou ao Estado em 1885 e, em 23 anos de ministério pastoral, conheceu bem as dificuldades dos agricultores estabelecidos nas regiões de colônia alemã. Tanto que os incentivou a se unirem em associações. O ponto culminante desse processo foi a criação, em 1912, da Volksverein, hoje chamada Associação Theodor Amstad – entidade que tornou-se decisiva para a organização do meio rural da região nas décadas seguintes.
De tanto andar pelo Interior em seu burro, o próprio Amstad se definia como um "caixeiro-viajante de Deus". Numa queda sofrida às margens do Rio Taquari, o padre ficou paraplégico, mas seguiu em atividade na cadeira de rodas.
Monumento para Amstad em Nova Petrópolis. Foto: reprodução do livro "Sesquicentenário da Imigração Alemã, Editora Edel"
O monumento erguido em homenagem a ele em Linha Imperial, dentro de Nova Petrópolis, será um dos cenários das comemorações marcadas para a manhã do dia 26.
A inauguração do monumento, em 1942. Foto: reprodução
Também será lembrado o centenário da revista mensal Sankt Paulusblatt ("Folha de São Paulo", em tradução literal), editada em alemão até hoje.
Publicado no Almanaque Gaúcho, de Zero Hora, com colaboração de Hugo Hammes

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