Dary Laux nasceu na localidade de Angico, no dia 17 de janeiro de 1930. Era filho do casal Alfons Laux e Sibylla Ströher Laux, e o irmão mais velho das gêmeas Dilva, Delva e Dione. Muito jovem, trabalhou junto com a família na propriedade dos pais, que mantinham também uma olaria e uma atafona.
Começou seus estudos na pequena escola da localidade onde nasceu e deu continuidade na Escola Duque de Caxias, antiga escola alemã, mantida pela Comunidade Evangélica Luterana. Com o intuito de prosseguir nos estudos, aos 14 anos se mudou para Porto Alegre. Iniciou o curso ginasial na Escola do Sindicato dos Empregados do Comércio. Para se manter, foi trabalhar em um armazém de secos e molhados do caiense Arthur Fetzer e após, por três anos, trabalhou no escritório da Empresa A. J. Renner, indústria de vestuário que havia se transferido de São Sebastião do Caí para Porto Alegre.
Em 1947, com 17 anos, voltou para o Caí, indo trabalhar na Mecânica Caiense Ltda, revendedora dos veículos da marca Dodge, que pertencia a um grupo de empresários. Entre eles, seu tio Arlindo Laux e Otávio Lamb.
Foi convocado para o serviço militar e rumou para o quartel da cidade de São Gabriel, retornando depois de um ano. No Exército fez inúmeras amizades, sendo que algumas ele conservou por toda a vida e outras resgatou nos seus últimos anos.
Em agosto de 1950, aos 20 anos, formou sociedade com Lauri Rangel, adquirindo a parte de Antônio Martinez na Padaria Princesa, no bairro Vila Rica. Como fazia entrega dos produtos da padaria em várias localidades do município, que era muito grande, foi tornando-se conhecido e muito estimado por todos na região.
Nesta fase, após casar-se com a também caiense Vera Diesel, em 29 de setembro de 1951, iniciou a dedicação às entidades sociais e esportivas, principalmente na Sociedade Esportiva e Cultural União da Vila Rica e no Esporte Clube Guarani, fazendo parte das diretorias. No final dos anos 50, colaborou na criação do Ginásio São Sebastião, administrado pela congregação das irmãs Bernardinas e foi fundamental sua atuação na implantação da Escola Estadual Josefina Jacques Noronha, escola de madeira (brizoleta) inaugurada em 1963 no governo de Leonel de Moura Brizola. Teve participação, também, na implantação da Escola Cenecista Alceu Masson., escola de ensino médio profissionalizante,conhecido como “Contador” .
Nos anos 60 e 70 foi sócio fundador do Country Tenis Club e do Clube Rio da Mata, e, também, presidente da Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em São Sebastião do Caí..
Como empreendedor, Dary Laux em 1965 fundou, em companhia com o seu cunhado Décio Arthur Wiederkehr, uma metalúrgica, a Balanças São Sebastião, com fundição própria. Em sociedade com suas 3 irmãs, na propriedade situada no Angico, criou o Loteamaento Jardim Residencial Laux.
Convidado pelo Doutor Orestes José Lucas, ingressou na política em 1959, elegendo-se vereador pela primeira vez pelo PTB e venceu novamente o pleito para vereador quatro anos depois pela mesma sigla partidária.
Com as mudanças políticas no cenário brasileiro, ao lado de Heitor Pedro Selbach, pelo Movimento Democrático Brasileiro que ajudou a fundar, em novembro de 1968 se elegeu vice-prefeito, e em 1972, novamente vereador com expressiva votação.
Voltou a concorrer junto com o prefeito Heitor em 1976, elegendo-se pela segunda vez vice-prefeito.
Com a abertura política e a criação dos novos partidos, pela sigla do PMDB retornou como vice-prefeito nas eleições de 1988, juntamente com o prefeito Egon Schneck, finalizando as atividades políticas que duraram 32 anos.
Ao final desta última administração, portanto, depois de 3 vezes vereador e 3 vezes vice- prefeito, retirou-se da vida pública e passou a cuidar somente de suas empresas até a sua aposentadoria. Porém, permaneceu ainda como Presidente de Honra do PMDB em São Sebastião do Caí, e, continuou participando de reuniões e apoiando o seu partido.
A política nunca deixou de ser um dos seus assuntos preferidos e tinha um grande sentimento de satisfação pela a amizade com o Senador Pedro Simon, considerado um “velho amigo”. Em nenhuma ocasião deixou de votar e ainda foi às urnas, em 2008, na eleição para prefeito.
Dary Laux era grande torcedor do Grêmio. Também gostava de jogar futebol e foi atleta do Esporte Clube Comando, como também, jogou no time de futebol da Vila Rica que existiu nos anos 60.
O seu maior prazer, foram as viagens que realizou com a esposa e amigos, enquanto a saúde permitiu. Conhecia cada pedaço do chão gaúcho e viajou para quase todos os estados brasileiros, como também para algumas cidades da América do Sul.
O estilo preferido de música foi o tango argentino e teve oportunidade de conhecer casas de tango em Buenos Aires.
Nos últimos anos, gostava de contar suas memórias para a família e para os amigos, relembrando fatos de sua vida, bem como seus feitos e os marcantes acontecimentos na política, enquanto atuava.
Em 19 de maio de 2002, Dary Laux sofreu um AVC hemorrágico ficando com sua saúde bastante debilitada. Aos oitenta anos, no dia 18 de setembro de 2010 faleceu em decorrência de uma pneumonia no Hospital da UNIMED, em Montenegro, após ter sofrido, dias antes, um infarto do miocárdio. Além de um imensa lista de amizades, deixou a esposa Vera, as filhas Vânia e Jane, os genros Vasco e Itovar e os netos Aline e Marcos.
Texto e pesquisa de Vânia Laux Leão
Nenhum comentário:
Postar um comentário