segunda-feira, 11 de junho de 2012

1401 - Martin Adams

O tradicionalismo e as cavalgadas fazia parte dos hábitos de Martin Adams
Martin Adams era sociável e simpático
Seu pai chamava-se Victor Frederico Adams e era dono do Hotel Adams, um dos principais da cidade na primeira metade do século XX. O hotel ficava na esquina onde hoje se encontra a Sorveteria Tartuffi. 
O bisavô, que se chamava João Martin Adams, era dono de uma grande área de terras junto à cidade: começava no que é hoje a avenida Egydio Michaelsen e estendia-se até o alto do morro do Hospital. Razão pela qual, até algumas décadas atrás, esse morro, junto à cidade, era conhecido como Morro do Martin.
Filho desses ilustres caienses, Martin Edmundo Adams nasceu, no Caí, no dia 12 de fevereiro de 1936. Sua mãe era também caiense e chamava-se Inésia Diehl, filha do escrivão caiense Edmundo Diehl.
Quando menino, Martin andava a cavalo, pela propriedade do avô e entregava viandas pela cidade, levando a comida que era produzida na cozinha do hotel de seu pai. Teve duas irmãs (Loni e Carmen) e um irmão chamado Gilberto.
Quando jovem, Martin foi estudar no colégio São Luiz, em São Leopoldo e, depois,   no Rosário, em Porto Alegre. Um dos melhores do estado. Para isso, foi morar na casa de seus tios Teobaldo e Frida Foernges (proprietários da Relojoaria Foergens), situada no bairro Moinhos de Vento.
Os irmãos Martin e Gilberto logo se destacaram na sociedade, no Caí e em Porto Alegre. Até porque eram muito bons jogadores de futebol. Quando os dois eram bem jovens, seu pai foi trabalhar no Rio de Janeiro, levando a familia. Lá os dois rapazes  se destacaram pelo bom futebol e foram até convidados para jogar no time do Botafogo. Mas o pai deles achava que essa não era uma atividade recomendável para eles e os mandou voltar para Porto Alegre. Por muitos anos, tanto Martin como Gilberto costumavam vir para o Caí e jogavam futebol nos times locais: primeiro no Guarani, depois no Riachuelo. Se destacavam muito e foram decisivos para a conquista de muitos títulos no campeonato caiense.
Martin, desde jovem, trabalhou como administrador de empresas. Seu primeiro emprego foi na metalúrgica Wallig, famosa fabricante de fogões a gás. Mais tarde, trabalhou na administração do Hospital Femina, na Mamphis, como gerente de Marketing, e na IESA. Por fim, tornou-se representante comercial, revendedor dos produtos Heublein (whisky Drury’s, vodka Smirnoff, vinhos Lejon) na região de Passo Fundo.
Teve grande sucesso nessa atividade, ganhando todos os prêmios de venda da empresa.  Martin vendia tão bem que, certa vez, causou espanto a chegada de 14 jamantas em Passo Fundo, trazendo uma encomenda do grupo de supermercados Sonda. Ele ficou famoso em Passo Fundo com o apelido de Drury’s.
Casado com Vera Carolina Schoeller, também caiense, Martim teve dois filhos: Janice e Victor, ambos advogados.
Quando deixou a empresa, em Passo Fundo, Martin recebeu uma grande quantia e investiu na construção de uma bela casa no Caí, no alto do morro que levava o nome de seu avô. Isso ocorreu há aproximadamente 15 anos.
Muito comunicativo, logo se integrou à comunidade, da qual nunca havia se distanciado, fazendo constantes visitas. Foi um grande tradicionalista, recebendo inclusive a comenda de Primeiro Gaúcho do MTG. Enquanto a saúde permitiu,, organizou muitas cavalgadas gauchescas e participou intensamente do CTG Lauro Rodrigues, no Caí.
Ele foi convidado a ingressar no PSDB, partido que ajudou a eleger Léo Klein para prefeito, no ano 2000. Foi, então, convidado a atuar como secretário municipal, exercendo as pastas da agricultura e indústria e comércio. Trabalhou muito para realizar a terraplanagem que garantiu a instalação da nova fábrica da Leitz no bairro Chapadão.
Sofrendo de insuficiência renal e de um problema crônico no joelho, Martin foi ficando debilitado. Mas foi de forma inesperada que o seu quadro se agravou e ocorreu a sua morte no último sábado. O enterro foi no domingo, com grande acompanhamento. Inclusive de um grupamento de 40 cavaleiros pilchados, liderados por sua neta Carolina, que veio do Rio de Janeiro, onde reside, para prestar homenagem ao avô. Carolina conduziu pela rédea o cavalo de Martin e, sobre a sela, foi colocado o chapéu de gaúcho de seu avô.
A missa de sétimo dia será rezada no próximo sábado, às seis da tarde, na Igreja Matriz de São Sebastião.

Um comentário:

  1. Boa tarde... Poderias entrar em contato comigo? não estou conseguindo. Meu e-mail é kedii.a@hotmail.com

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