quarta-feira, 11 de julho de 2012

1428 - Palco de tragédias: as pontes estreitas do Matiel

O carro que caiu da ponte ficou quase inteiramente submerso, estava trancado e os bombeiros tiveram dificuldade em alcançar as vítimas

São três pontes localizadas num pequeno trecho da RS-124, a rodovia que liga a cidade de Montenegro ao Cai. Uma que permite a travessia do rio, outra sobre a várzea do mesmo e a terceira sobre o arroio Coitinho.
A ponte sobre o rio foi construída em 1970 e as demais alguns anos depois. A obra foi uma conquista da comunidade de Harmonia que, na época, era uma vila no interior do município de Montenegro. Como o trânsito de veículos, então, era muito pequeno, as pontes foram construídas com pouca largura e não permite que dois veículos cruzem um pelo outro sobre elas.
De lá para cá, Harmonia emancipou-se e tornou-se cidade, a estrada do Caí a Harmonia foi asfaltada e o trânsito por sobre as três pontes aumentou tremendamente. Hoje, em certos dias e horários ocorre congestionamento de trânsito no local e os acidentes tornaram-se frequentes. Aliás, muito frequentes. Ainda mais agora que, devido ao fechamento ao tráfego da RS-240, muitos motoristas optam por desviar pala RS-124, passando pelas pontes.
Com o intenso movimento e a utilização da rodovia por muitos motoristas que não conhecem a estrada, o perigo aumentou muito.
Chegou-se ao absurdo de que, em meio ano, três carros caíram do alto dessas pontes. Num deles, morreu um homem e sua esposa ficou gravemente ferida. Noutro, um caminhão despencou em queda de 12 metros de altura. Incrivelmente, o condutor do veículo escapou quase sem se ferir. Mas, no último sábado, o milagre não se repetiu.
Este se tornou o trecho mais perigoso de todas as estradas gaúchas e nenhuma providência foi tomada, até agora, para eliminar o problema. No local não existe, sequer, uma placa avisando quanto ao estreitamento da pista.
O comentário de várias pessoas, quando souberam da desgraça ocorrida nesse sábado, foi de que “agora pode ser que as autoridades tomem uma providência”. Infelizmente, a realidade tem demonstrado que esperar tal coisa é excesso de otimismo.

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