1458 - Clube Aliança: um patrimônio desperdiçado

O velho clube está inativo há anos e o seu prédio vai se deteriorando

No passado, o Clube Aliança foi motivo de orgulho e alegria para os caienses. Grande parte da população viveu ali momentos felizes de suas vidas, participando de festas ou de atividades esportivas ou recreativas (bolão, pingue-pongue, carteado). Eventos que marcaram a história do município também foram ali realizados.
Com o tempo, porém, o clube foi se inviabilizando. Várias diretorias lutaram infrutiferamente para o manter ativo, mas não tiveram sucesso. Clubes urbanos, como o Aliança, tendem a desaparecer. Os que hoje prosperam são os que estão instalados em ambiente ajardianado e contam com quadras esportivas, ginásios e piscinas.
Perdeu-se, por isso a esperança e a possibilidade de reativar o velho e querido clube da cidade. Tão estimado, que ainda hoje se lamenta a sua extinção ou, pelo menos, a possibilidade dele voltar a existir nos moldes que teve no passado.
CHAGA
O que resta do Aliança hoje é um prédio obsoleto e deteriorado. Os caienses habituados a vê-lo constantemente, já se acostumaram com a triste figura do clube abandonado. Mas quem vem de fora estranha ver aquela construção, fechada e praticamente em ruínas em pleno coração da cidade. Percebe estar ali o desperdício de uma área nobre e uma imagem que deprecia o centro da cidade.
O Caí tira do seu comércio grande parte da sua renda e nele emprega parte significativa da sua população. Para o comércio é necessário que a cidade ofereça uma imagem agradável, que atraia e encante os vistantes. Que deixe neles a vontade de retornar. E o velho prédio não ajuda nada para isso.
REAÇÃO
Aconteceu, na última terça-feira, uma reunião na qual o assunto foi exposto de forma bastante contundente, perante uma platéia influente. Estavam presentes o prefeito Darci Lauermann e os candidatos a prefeito Léo Klein e Santos Fagundes, além da diretoria do Rotary Clube, grande número de comerciantes e outras pessoas de destaque e influência.
A pedido da presidente da CDL, Silvane Mello, dois diretores da entidade falaram sobre o tema. O vice-presidente Rosano Adam Goulart falou para os presentes quanto à necessidade de uma solução para  o clube e o seu prédio.
Rosano acredita que o Clube Aliança poderia unir-se a um dos outros dois clubes sociais existentes na cidade ou a ambos. Sugeriu até que o nome da nova entidade poderia ser, por exemplo, Aliança Country Clube e, com isso, o prédio atualmente degradado poderia ser destinado a uma finalidade nobre. O prédio, em si, tem pouquíssimo valor, mas o terreno é muito grande e situado no centro comercial da cidade. Tem, portanto, grande valor de mercado. O clube resultante da fusão do Aliança com outro dos já existentes teria condições, portanto, de investir na melhoria das suas instalações e na criação de novos atrativos para os seus sócios.
A CDL, que é entidade dos lojistas, entende que algo precisa ser feito para resolver o problema do clube trazendo benefício para o comércio e para a cidade como um todo.