Ao invés de praça, o que existia então em frente à igreja era um largo, aberto ao trânsito das carretas e tropas de animais (clique sobre a foto para ver melhor) |
Esta foto, realizada ainda no século XIX, mostra um tempo em que a Igreja Matriz de São Sebastião já possuía a sua alta torre e casa canônica já se encontrava no mesmo local de hoje. Mas o prédio era muito mais simples que o atual, que é de dois pisos. Também está ali (à direita, na foto) o prédio em que os padres jesuítas alemães instalaram o seu primeiro colégio de meninos. Escola que deu origem ao seminário, depois transferido para o Pareci Novo. Prédio de grande importância histórica, pois o trabalho dos jesuítas alemães revolucionou a Igreja Católica no Rio Grande do Sul e no Brasil, formando sacerdotes que tiveram enorme influência no catolicismo brasileiro. A UNISINOS é fruto direto deste trabalho iniciado no Caí. Note-se que o prédio da escola, naquela época, era bem mais modesto do que o que existiu - no mesmo local - até o fim do século XX.
O que mais chama atenção nessa foto, porém, é o fato de que não existia a praça, diante da igreja. O que havia ali era apenas um terreno descoberto, de terra batida, pisoteada pelos cascos dos animais e rodas de carretas.
A foto refoça a tese de que a Estrada Visconde de Rio Branco, que ligava o porto do Caí à região de Caxias do Sul passava pelas ruas Marechal Deodoro e Marechal Floriano, sendo que a ligação das duas ruas se dava pelo meio da quadra em que, atualmente, se encontra a praça Cônego Edvino Puhl.
É muito curioso notar-se, também, que o nível do terreno na praça era mais alto do que é hoje. A igreja e os prédios que a ladeiam estavam no mesmo nível do terreno da praça. Hoje há uma sensível diferença de nível entre a praça e os prédios.
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