domingo, 2 de setembro de 2012

1478 - Educação e Economia

Escola São Francisco, de Tupandi, tem qualida de primeiro mundo

Todo mundo sabe que a educação é necessária para o progresso econômico. Mas é evidente que o contrário também é verdadeiro: o progresso econômico possibilita a melhora da educação. Muitas vezes, como se pôde observar em Tupandi, o avanço econômico veio antes do educacional.
O boom de crescimento do município começou no meio da década de 1990, com o forte investimento em aviários e pocilgas. Poucos anos depois, já no início da década seguinte, Tupandi surpreendia com seu crescimento muito mais intenso que o chinês. O sucesso na educação só se tornou evidente mais recentemente. As notas da única escola avaliada no pequeno município foram sempre crescentes: 4,6, depois 5,4 e 6,0 até chegar a 7,2 no ano passado.
Pode se imaginar que, nas próximas provas do Ideb, a Escola São Francisco consiga melhorar ainda mais a sua nota, colocando-se entre as melhores de todo estado e do país. O progresso econômico do município continua muito forte e, portanto, não deverão faltar recursos para o aprimoramento do ensino.
No Caí, a história da educação municipal é mais triste, mas há esperança de um final feliz. No ano de 2005, a situação das escolas municipais se mostrou extremamente precária. Dois anos depois, estava pior ainda. Mas houve uma grande melhora no ano de 2009 e outra no de 2011. Pelo visto, a educação caiense está evoluindo bem e pode se recuperar. O que preocupa agora são as escolas estaduais, que não se saíram bem no exame de 2011.
Pelo ano de 2007, quando o ensino municipal viveu a sua pior fase, a prefeitura encontrava-se em estado quase falimentar. Quando terminou aquele período administrativo, os prédios escolares apresentavam problemas graves de conservação e, de alguns deles, não era exagero dizer que estavam ruindo.
O significativo progresso alcançado pela educação municipal caiense nos últimos anos  foi  precedido pelo equilíbrio das contas municipais e de fortes investimentos da prefeitura no setor educacional. Fica bem claro que houve uma mudança radical na adminstração da Secretaria Municipal da Educação, com ganhos significativos de eficiência. Foram fixados objetivos e várias conquistas foram alcançadas. É animador perceber que, quando a administração municipal é séria, dedicada e competente, consegue produzir grandes mudanças num período de tempo relativamente curto.
Felizmente, não é só no Caí que foram observados ganhos de qualidade no ensino municipal. Isso ocorre na maioria dos municípios da região e confirma a tese de que as administrações municipais dessa região são as melhores do país.  E estabelece uma nova tese: a de que as prefeituras estão mais habilitadas para gerir a educação do que a estadual. A idéia de transferir para o município a administração das escolas estaduais de ensino fundamental deveria ser imediatamente considerada.
E a transferência também do ensino médio para o controle do município também poderá ser considerada no futuro.
Aliás, o êxito maior das administrações municipais (na comparação com as estaduais e federais) pode ser observado não só no âmbito da educação. Uma grande solução para o Brasil poderia ser a transferência gradativa de maior poder para os municípios no atendimento à sáude, infraestrutura e diversos outros setores da vida pública.
A transferência poderia ser gradativa, começando pelos municípios que demonstrassem competência na gestão do seu município. Isso, certamente, representaria um grande impulso no desenvolvimento do país.

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