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Essa foto mostra Montenegro no tempo em que Montenegro
ainda se concentrava em torno da rua Doutor Flores
(foto do final do século XIX ou primeiros anos do século XX)
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Antes de ser rua, ela foi um trilho, um caminho no meio do mato e do brejo.
Por ali passou, milhares de vezes, o primeiro morador de Montenegro.
Seu nome era Martiniano José Fagundes, mas as pessoas o conheciam como Tristão Fagundes. Nascido na cidade de Laguna, em Santa Catarina.
Ele casou-se, em 1826, com Bernardina Maria Rosa de Araujo, que era filha de Estevão José de Simas, um dos primeiros estancieiros da margem direita do rio Caí.
Tristão era proprietário de extensa área de terras situada bem onde hoje se encontra grande parte da atual cidade de Montenegro.
O que não significava riqueza, naquela época. Tanto que ele, além de trabalhar na roça e na criação de animais, como todas as pessoas que viviam no interior faziam naquela época, trabalhava também como canoeiro. Ele, com sua canoa, atravessava as pessoas de uma margem para a outra do rio Caí.
O lugar onde ele fazia isso ficou conhecido como Passo do Tristão e corresponde precisamente ao local onde foi tirada essa foto.
Os homens que aparecem na foto, muito provavelmente, se dedicavam ao translado de pessoas de uma margem a outra do rio, tal como fazia Tristão Fagundes. Neste mesmo local.
PRIMEIRA CASA
A casa de Tristão, conforme relata Elisa Moojen Arpini na sua obra Traços Biográficos (página 37), ficava no local onde foi contruído o Colégio Elementar 14 de Julho, perto da atual escola Delfina Dias Ferra.
Tristão foi importante para a cidade de Montenegro porque, em 1855, ele começou a vender terrenos nas proximidades do rio e da sua casa. O que possibilitou o surgimento de uma povoação. Mais tarde ele doou à igreja o terreno para a construção da primeira igreja de Montenegro. Na verdade, uma simples capela feita de madeira. Depois substituída pela igreja de alvenaria que tornou-se a igreja matriz de Montenegro, demolida em 1968.
Uma pequena mas importante rua montenegrina recebeu o nome de Tristão Fagundes. É a rua que liga as ruas Osvaldo Aranha e Buarque de Macedo, passando por trás do Supermercado Nacional.
Foto do acervo de Romélio Oliveira
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