sábado, 21 de setembro de 2013

2753 - Hotéis caienses


Nesta foto, provavelmente do final da década de 1970, aparece o prédio 
do Hotel Adams, já inativo (na esquina, em frente à Livraria Caiense). 
Uma quadra adiante, avista-se (também na esquina) o prédio do 
Hotel Central, talvez ainda em atividade

Nesta pitoresca foto dos porcos em frente à prefeitura (levados 
para lá quando o mangueirão da Oderich foi inundado numa enchente), 
vê-se o prédio antigo do Hotel Rio Grande, que depois foi ampliado
(na esquina que se vê ao lado) e transformou-se no Grande Hotel 
(hoje Farmácia Ideal).
O prédio antigo  do Hotel Rio Grande serviu, nas décadas de 
1970 e 1980, para o funcionamento da alfaiataria de Germano Fritzen (depois loja Germano´s) e só foi demolido na década de 1990, para a construção do grande prédio da atual loja Gerrmano's. Foi nestes
prédios que começou a fábrica de confecções Linda Linda, 
do mesmo empresário e de sua esposa Elisabete.
Essa foto deve ser da década de 1930, do segundo piso do prédio da prefeitura. 
Os porcos ficaram num mangueirão improvisado na 
quadra da rua Pinheiro Machado, entre a  rua Marechal Deodoro 
e a Marechal Floriano.
Note-se como o Caí praticamente terminava na rua Marechal Deodoro.
O Caí teve, no passado, muitos  hotéis. A cidade era centro comercial de uma região importante. Era comum que os caixeiros viajantes viessem à cidade, de vapor pelo rio Caí, se hospedassem num hotel e dali partissem à cavalo para visitar seus clientes: os armazéns coloniais da região.
Alceu Masson, na sua monografia Caí, publicada em 1940, assim descreve os hotéis existentes na cidade naquele ano:

"Há dois hotéis em Caí. O hotel Adams, de propriedade do senhor Vitor Adams, é o mais antigo. Várias gerações de caixeiros-viajantes nele se hospedaram, desde os remotos tempos em que os mostruários eram conduzidos em mulas ou carroças. O hotel tornou-se, por isso, tradicional. O outro, o Grande Hotel, de propriedade do sr. Luiz Pedro Müller, é constituído por três prédios. Destes, os dois maiores, recentemente construídos, são prédios com excelentes e confortáveis acomodações."

Os dois hotéis fecharam. No prédio do Hotel Adams hoje existe a Sorveteria Tartufi e onde funcionava o Grande Hotel, hoje se encontra a Farmácia Ideal.

Na década de 1950 floresceram o hotel de Ivo Silva, situado na rodovia Júlio de Castilhos, atual avenida Doutor Bruno Cassel, no prédio em que funciona hoje a Infinity Music Hall. Mais tarde, na década de 1970, surgiu o Hotel Variani, ainda hoje em atividade. Ambos os estabelecimentos eram situados junto a um restaurante: a churrascaria de Ivo Silva e a Tratoria Di Variani, comandada por Valdemar Variani e familiares.
A família Variani, em 2005, mudou seu estabelecimento para o novo traçado da RS-122, criando um grande complexo de restaurantes no local. Atualmente constrói, ao lado da nova Tratoria Di Variani, um hotel de grande porte.

Parágrafo entre aspas transcrito de Caí Monografia, de Alceu Masson, 
página 36
Fotos do acervo do jornal O Município, disponibilizadas no Facebook 
por Lu Bohn

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