domingo, 29 de setembro de 2013

2799 - As enchentes não causam apenas danos materiais

Foto da Notícia
Empresas e entidades têm grande prejuízo a cada enchente que invade 
as suas instalações, mas isso ainda não é o pior


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Luiz Alberto Ferreira, 54 anos, foi encontrado morto, dentro da sua casa,
no bairro Industrial
Cai e Montenegro são as cidades do Vale do Caí que mais sofrem com  as enchentes. Cada 
uma delas causa enormes prejuízos, tanto nas empresas como nas residências. E as famílias que mais perdem são as mais pobres, pois são essas que, por falta de recursos, se sujeitam a viver nas casas mais facilmente alcançadas pela água do rio, quando ela sobe de nível.
E as vezes, as perda não são apena materiais. Até mortes acontecem nas grande enchentes. É o que mostra essa reportagem do jornal Fato Novo:


"Não bastassem todos os prejuízos decorrentes de uma das maiores enchentes da história de Montenegro, a qual deixou dezenas de flagelados, alagando ruas e casas, as cheias do rio Caí também causaram uma morte.

Na manhã de ontem, quinta-feira, quando o rio Caí chegou a estar quase seis metros e meio acima do nível normal, na maior enchente dos últimos 40 anos, o Corpo de Bombeiros foi comunicado de que um homem havia morrido afogado. Lauri dos Santos, de 57 anos, informou que havia ido até a casa do cunhado Luiz Alberto Ferreira, conhecido como "Barriquinha", de 54 anos, na rua Doutor Flores, e ao abrir a porta se deparou com ele sem vida. "Ele estava boiando no quarto", lembra. O corpo teria sido encontrado por volta das 8h45min da manhã, mas é possível que a morte já tenha ocorido durante a noite.

A casa de Luiz Alberto fica próximo ao Sindicato dos Metalúrgicos e bem ao lado do ginásio Taninão, entre o centro da cidade e o bairro Industrial, um dos mais atingidos pelas cheias. Conforme o cunhado, "Barriquinha" tinha um filho jovem, mas morava sozinho e sofria de problemas de alcoolismo. A última vez que o viu foi na noite anterior, de segunda-feira, por volta das 19 horas. "Ele tinha bebido", recorda. Mas lembra que o cunhado era um homem bom e trabalhador. "Ele trabalhava na colônia (zona rural)", diz. Segundo amigos, era bastante conhecido e costumava cuidar dos veículos que estacionavam em frente ao ginásio Taninão, durante os jogos.

Conforme os bombeiros, que retiraram o corpo por volta das 10h30min, através do uso de um barco, na frente da casa de Luiz Alberto a água da enchente estava pela cintura. Já no interior da residência, uma modesta moradia de madeira situada nos fundos de outra casa, não passava de meio metro de altura. Existe a suspeita que tenha tido um mal súbito, em que tenha caído, ou choque térmico (hipotermia) devido ao corpo molhado e o frio. Somente o exame de necropsia, no Departamento Médico Legal (DML), em Novo Hamburgo, poderá elucidar a causa da morte. 

Chegou-se a comentar que teria ocorrido outra morte, na localidade de Passo do Manduca, próximo a área do rodeio e da antiga barca. Entretanto, isso não se confirmou. No local, os bombeiros resgataram três pessoas que estavam num caíco, amarrado a uma árvore e que não conseguiam sair devido a forte correnteza. Elas foram salvas e passam bem.


Matéria e fotos de Guilherme Schaurich Baptista, publicada em 25 de setembro de 2997
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