Em 1958, o Trio Farroupilha sofreu duas perdas, Erio Dumke
abraçou a carreira de odontologista e Ulisses Soriano, promovido na Brigada
Militar, foi transferido.
Não bastasse isso, Egon sofreu a perda do pai.
Todos
estes acontecimentos fizeram com que o remanescente do Trio Montecarlo voltasse
a residir em Montenegro.
Mas Egon não se desligou da arte musical e começou a dar aulas
de violão no Conservatório de Montenegro.
Recordou-se que o montenegrino Arno
Bohn havia cantado no Trio Farroupilha uma vez e o portoalegrense Kurt J. Dutzig
também.
Os três fizeram contato, programaram ensaios onde Egon passou aos demais toda a sua
experiência profissional, inclusive dando aulas de violão para Kurt.
Consumiu nisso o
ano de 1959 e, quando o trabalho foi concluído, foi apresentado por Egon para o seu amigo
Maurício Sobrinho, que contratou o trio, patrocinado pela Varig, marcando a data
de estréia para 10 de maio de 1960.
Porém, o trio antecipou os primeiros shows e
cantou no Lar Paroquial da Igreja Católica de Montenegro.
O sucesso foi
espetacular a ponto de ser programada uma nova audição para a semana seguinte no
Cine Teatro Goio-En.
A repercussão fez com que autoridades e amadores da arte
instrumental e musical pedissem a reserva das cadeiras nas primeiras filas.
Aconteceu uma verdadeira explosão musical naquela noite inesquecível.
Nas cadeiras reservadas encontravam-se Germano Henke, Hélio Alves de Oliveira, Edgar Seelig,
Carlos Gustavo Jahn Filho, Gustavo Koetz, Eva Machado Ody, Enio Pinalli, Walter
Baumgartner e família, autoridades da Brigada Militar, o maestro da Banda da Brigada,
professores do Conservatório e alunos.
O apresentador foi José Carlos Schwartz, brincava trazendo bom humor ao espetáculo -
"O Egon é ali da Costa da Serra
e o Arno, do Pareci. Os dois são da colônia, ou seja, colonos do interior de
Montenegro. O Kurt, não. Ele é da capital, gente fina", e todos riam.
Após o anúncio, o Trio Montecarlo deu um grande show de
interpretação em vário idiomas levando alguns assistentes às lágrimas. No
encerramento, foram aplaudidíssimos e cercados de inusitado carinho. Muitos
disseram que o conjunto tinha a entonação maravilhosa de um pequeno coral. Egon
sentiu-se feliz! O montenegrino que enaltecia a arte criara um novo terceto que
logo seria reconhecido mundialmente.
Foto do acervo de Egon Arnoni Schaeffer
ao diretor do blog historias do vale do cai,renato klein,quero parabeniza-lo pelo resgate historico que fez do trio farroupilha e do trio monte carlo,comandado especialmente pelo grande musico egon schaeffer,o teu trabalho foi espetacular.resgatando um hiato que havia na parte musical do vale do cai,pois montenegro pertence ao vale do cai e tenho orgulho de dar minha modesta contribuiçaoo ao blog.parabens,novamente romelio
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