![]() |
Nem parece, mas seu Eduardo tem 99 anos |
Foi depois dos dez anos que começou a aprender a falar Português. E ele lembra como este detalhe era importante na década de 1940, quando a mundo assistiu a Segunda Guerra Mundial. “Por aqui vinha policiais e ficavam ouvindo do lado de fora da casa, para ver quem falava alemão”. O idioma estava proibido na época. “Algumas pessoas foram levadas para a delegacia”, lembra Kasper. Ele mesmo era atacado por policiais a cavalo, em seu trajeto para o trabalho. “Eu já ia falando com eles em Português e eles me deixavam passar”, relata.
A vivacidade de Eduardo Kasper deixa escapar um comentário interessante. “Na guerra era cheio de polícia
aqui para cuidar da gente, agora não tem nenhum para dar segurança”.
Identidade
Uma surpresa aguardava Eduardo Kasper no dia de seu alistamento. Os documentos mostravam que ele, na verdade, era Pedro Hugo. A confusão ocorreu na morte de seu irmão, com a troca dos documentos. Desde então, legalmente, nos papeis, ele se chama Pedro Hugo Kasper, mas para toda a família e amigos, seu nome é Eduardo. Eduardo Kasper, o quase centenário morador de Santos Reis.
Matéria de J B Cardoso para o jornal Fato Novo, publicada
em 12 de outubro de 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário