sexta-feira, 11 de outubro de 2013

2875 - Montenegro também quer a estrada fora da cidade

Novo traçado trará grandes benefícios ao desenvolvimento da cidade
Há muito tempo os moradores das proximidades da RS 287 reclamam das dificuldades na travessia da rodovia, principalmente no trecho do perímetro urbano. A conservação do asfalto também deixa muito a desejar, gerando descontentamento aos usuários. A solução, porém, passa pela definição sobre quem é responsável pela rodovia, que começa na rótula da junção da RS 240 com a RS 470 e vai até o entroncamento com a BR 386, na localidade de Coxilha Velha, em Triunfo.

O Daer (Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem) e a EGR (Empresa Gaúcha de Rodovias) passam a responsabilidade de um para outro. 
Enquanto isto autoridades fazem peregrinações aos dois órgãos, tentando uma definição. O fato de ter vários órgãos responsáveis atrapalha. A RS 470 é de responsabilidade do Daer de Bento Gonçalves, mas deve passar ao controle da União em breve. A RS 240 da EGR, que cuida do pedágio de Portão. A RS 287, no trecho que liga a RS 470 a RS 124, deve ser também da União. 

Jogo de empurra
Conforme o jornal Fato Novo já mostrou em outras matérias, a RS 287, para ser duplicada, ganharia um novo traçado, a exemplo do que acontece com a RS 122 em São Sebastião do Caí e Bom Princípio. Mas a falta de definição preocupa o Legislativo montenegrino.

Os vereadores de Montenegro, Roberto Braatz (PDT) e Gustavo Zanatta (PP), da Comissão de Estudo e Análise do Plano Diretor da Câmara, participaram de audiência no Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). O encontro foi na quarta-feira, dia 9, em Porto Alegre, e objetivou verificar o real traçado da duplicação da RS 240/287, entre Rincão do Cascalho e Montenegro. Para os Vereadores, este ponto é fundamental na definição de questões que envolvem a Zona de Expansão Urbana de Montenegro.

Objetivo, o Diretor de Gestão e Projetos Miguel Molina afirmou que o tema é responsabilidade da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). “Inclusive, havíamos contratado a Enecom para a realização do projeto. A empresa já está trabalhando no Relatório II, dos seis previstos”. Segundo ele, com a criação da EGR foi apresentada uma sugestão de traçado e como se trata de rodovia pedagiada, o assunto deve ser tratado junto à empresa.

Neste momento, os Vereadores apresentaram documento a EGR, através do qual a questionaram sobre o assunto, obtendo a resposta de que o tema não está sob sua responsabilidade. Mostrando disposição, Molina propôs um encontro entre todas as partes, para ser esclarecida a situação. “Este processo da Enecom tramitou na EGR. Nosso Jurídico deixou muito claro que a responsabilidade é deles”, enfatizou. Indignado, o Vereador Braatz desabafou: “então eles são mentirosos. Temos um documento da EGR afirmando que este assunto é com o Daer”.

Sobrecarga
A sobrecarga de tráfego na RS 287 prejudica o escoamento da produção agrícola da região. De acordo com o citricultor Lírio Ost, o número de caminhões de carga aumentou muito nos últimos anos. “A mecanização da lavoura aumentou a produção, então são mais cargas circulando, e a estrada não dá mais conta”, opina.

Solução
Para o radialista e ex-vereador José Alfredo Schmitz a solução está na Empresa Gaúcha de Rodovias. “Se a EGR assumir o trecho até a Coxilha Velha, podem ser usados recursos do pedágio de Portão na duplicação”, destaca. Neste caso, segundo Ricardo Kraemer, coordenador regional de participação cidadã, o Conselho de Representantes das Praças de Pedágio (Corepe), a ser criado, seria o indutor da obra. “O Corepe pode definir a duplicação como prioridade, e a EGR teria que elaborar um projeto”, explica.


Matéria de J B Cardoso para o jornal Fato Novo, 
edição de 12 de outubro de 2013

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