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| Novo traçado trará grandes benefícios ao desenvolvimento da cidade |
O Daer (Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem) e a EGR (Empresa Gaúcha de Rodovias) passam a responsabilidade de um para outro.
Enquanto isto autoridades fazem peregrinações aos dois órgãos, tentando uma definição. O fato de ter vários órgãos responsáveis atrapalha. A RS 470 é de responsabilidade do Daer de Bento Gonçalves, mas deve passar ao controle da União em breve. A RS 240 da EGR, que cuida do pedágio de Portão. A RS 287, no trecho que liga a RS 470 a RS 124, deve ser também da União.
Jogo de empurra
Conforme o jornal Fato Novo já mostrou em outras matérias, a RS 287, para ser duplicada, ganharia um novo traçado, a exemplo do que acontece com a RS 122 em São Sebastião do Caí e Bom Princípio. Mas a falta de definição preocupa o Legislativo montenegrino.
Os vereadores de Montenegro, Roberto Braatz (PDT) e Gustavo Zanatta (PP), da Comissão de Estudo e Análise do Plano Diretor da Câmara, participaram de audiência no Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). O encontro foi na quarta-feira, dia 9, em Porto Alegre, e objetivou verificar o real traçado da duplicação da RS 240/287, entre Rincão do Cascalho e Montenegro. Para os Vereadores, este ponto é fundamental na definição de questões que envolvem a Zona de Expansão Urbana de Montenegro.
Objetivo, o Diretor de Gestão e Projetos Miguel Molina afirmou que o tema é responsabilidade da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). “Inclusive, havíamos contratado a Enecom para a realização do projeto. A empresa já está trabalhando no Relatório II, dos seis previstos”. Segundo ele, com a criação da EGR foi apresentada uma sugestão de traçado e como se trata de rodovia pedagiada, o assunto deve ser tratado junto à empresa.
Neste momento, os Vereadores apresentaram documento a EGR, através do qual a questionaram sobre o assunto, obtendo a resposta de que o tema não está sob sua responsabilidade. Mostrando disposição, Molina propôs um encontro entre todas as partes, para ser esclarecida a situação. “Este processo da Enecom tramitou na EGR. Nosso Jurídico deixou muito claro que a responsabilidade é deles”, enfatizou. Indignado, o Vereador Braatz desabafou: “então eles são mentirosos. Temos um documento da EGR afirmando que este assunto é com o Daer”.
Sobrecarga
A sobrecarga de tráfego na RS 287 prejudica o escoamento da produção agrícola da região. De acordo com o citricultor Lírio Ost, o número de caminhões de carga aumentou muito nos últimos anos. “A mecanização da lavoura aumentou a produção, então são mais cargas circulando, e a estrada não dá mais conta”, opina.
Solução
Para o radialista e ex-vereador José Alfredo Schmitz a solução está na Empresa Gaúcha de Rodovias. “Se a EGR assumir o trecho até a Coxilha Velha, podem ser usados recursos do pedágio de Portão na duplicação”, destaca. Neste caso, segundo Ricardo Kraemer, coordenador regional de participação cidadã, o Conselho de Representantes das Praças de Pedágio (Corepe), a ser criado, seria o indutor da obra. “O Corepe pode definir a duplicação como prioridade, e a EGR teria que elaborar um projeto”, explica.
Matéria de J B Cardoso para o jornal Fato Novo,
edição de 12 de outubro de 2013

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