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| Enfrentando o forte preconceito da época, já na década de 1960 Vanusa não escondia trejeitos e vestia roupas flagrantemente |
Como já vem fazendo há 16 anos, Osni de Lima, o popular Vanusa, promoveu recentemente mais uma festa pelo seu aniversário. Como de constume, ela aconteceu no Country Tênis Clube e contou com a participação de muitos amigos e pessoas da sociedade.
Na ocasião, a psicóloga Fátima Flores, a pedido dele, falou sobre o significado daquele evento. Ela relembrou a traJetória de Osni, suas dificuldades e superação:
Na ocasião, a psicóloga Fátima Flores, a pedido dele, falou sobre o significado daquele evento. Ela relembrou a traJetória de Osni, suas dificuldades e superação:
“Osni passou por todas as dificuldades, possíveis e impossíveis, mas lutou sempre, de cabeça erguida e sempre respeitando o próximo.
Com oito anos de idade, perdeu seu pai, sua maior referência humana, com oito irmãos para ajudar a criar, porque eles eram pequenos. Mas, como ele já nasceu com o dom especial para ajudar as pessoas, teve o reconhecimento de duas pessoas maravilhosas: o doutor Bruno Cassel e Armando Knapp, uma pessoa boníssima que deu trabalho à família de Osni em suas propriedades.
Dos doze anos de idade até os 17, Osni trabalhou para Adalberto Ruschel e com Auri Uchem. Aos 18 conseguiu emprego numa fábrica de armas.
Ele sempre demonstrou ser uma pessoa séria e de bom caráter. Porém, sendo homossexual assumido, enfrentou muitos preconceitos e tornou-se difícil a sua permanência nos seus empregos e também se tornou muito difícil o seu relacionamento com as pessoas.
Mas, acreditando sempre na sua capacidade de prover as necessidades da sua família, ele teve a ideia de ter o seu negócio próprio. E tem até hoje, como todos sabem.
E, com isso, pôde ser generoso com seus familiares e amigos. Bancou, com seus próprios ganhos, festas de primeira comunhão, de 15 anos e até casamentos.
Osni adotou crianças e ajudou toda a família, na medida das suas possibilidades.
Ser homossexual não o atrapalhou, mas o preconceito sim. Na infância e na juventude, ele nunca pôde comemorar publicamente o seu aniversário. Fez isso somente aos 35 anos.
Sentiu-se muito feliz quando pôde fazer o casamento de sua irmã Janete, em 31 de agosto de 1978 e, nesse mesmo ano, no dia 4 de setembro, fez a sua primeira grande festa de aniversário, realizada com sucesso no Chapadão. Compareceram 40 senhoras e dois homens: Augusto Bueno e Loreci. Depois disso foi se sentindo, cada vez mais, aceito e respeitado.
Osni continuou, e continua, a fazer festas públicas pelo seu aniversário. A segunda foi na Creche Vila Rica, depois no Sindicato, no Clube Aliança, na Tratoria Di Variani, no Centro Comunitário da Vila Progresso e as próximas, por 16 anos, foram realizadas no Country Tênis Clube.
Ele sempre teve a sua vida focada no trabalho, na família e em ajudar o próximo.”
Com oito anos de idade, perdeu seu pai, sua maior referência humana, com oito irmãos para ajudar a criar, porque eles eram pequenos. Mas, como ele já nasceu com o dom especial para ajudar as pessoas, teve o reconhecimento de duas pessoas maravilhosas: o doutor Bruno Cassel e Armando Knapp, uma pessoa boníssima que deu trabalho à família de Osni em suas propriedades.
Dos doze anos de idade até os 17, Osni trabalhou para Adalberto Ruschel e com Auri Uchem. Aos 18 conseguiu emprego numa fábrica de armas.
Ele sempre demonstrou ser uma pessoa séria e de bom caráter. Porém, sendo homossexual assumido, enfrentou muitos preconceitos e tornou-se difícil a sua permanência nos seus empregos e também se tornou muito difícil o seu relacionamento com as pessoas.
Mas, acreditando sempre na sua capacidade de prover as necessidades da sua família, ele teve a ideia de ter o seu negócio próprio. E tem até hoje, como todos sabem.
E, com isso, pôde ser generoso com seus familiares e amigos. Bancou, com seus próprios ganhos, festas de primeira comunhão, de 15 anos e até casamentos.
Osni adotou crianças e ajudou toda a família, na medida das suas possibilidades.
Ser homossexual não o atrapalhou, mas o preconceito sim. Na infância e na juventude, ele nunca pôde comemorar publicamente o seu aniversário. Fez isso somente aos 35 anos.
Sentiu-se muito feliz quando pôde fazer o casamento de sua irmã Janete, em 31 de agosto de 1978 e, nesse mesmo ano, no dia 4 de setembro, fez a sua primeira grande festa de aniversário, realizada com sucesso no Chapadão. Compareceram 40 senhoras e dois homens: Augusto Bueno e Loreci. Depois disso foi se sentindo, cada vez mais, aceito e respeitado.
Osni continuou, e continua, a fazer festas públicas pelo seu aniversário. A segunda foi na Creche Vila Rica, depois no Sindicato, no Clube Aliança, na Tratoria Di Variani, no Centro Comunitário da Vila Progresso e as próximas, por 16 anos, foram realizadas no Country Tênis Clube.
Ele sempre teve a sua vida focada no trabalho, na família e em ajudar o próximo.”
Vanusa, pela coragem que teve ao assumir publicamente a sua natureza homossexual, prestou um grande serviço aos homens e mulheres da mesma condição. Antigamente, os homossexuais eram obrigados a esconder a sua condição e até casavam com pessoas de outro sexo, obrigando-se a desempenhar um papel que não correspondia à sua natureza.
Texto e fotos do jornal Fato Novo, edição de 12 de outubro de 2013

excelente a reportagem com vanusa!
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