Os vapores eram meio de transporte seguro, mas aconteceram dois acidentes com eles no rio Caí, que resultaram em dezenas de mortos |
O padre Theodor Amstad é um informante confiável sobre esse assunto. Ele viveu no Vale do Caí no final do século XIX e foi uma figura extremamente influente na região àquela época. Além disso era um intelectual estudioso, criterioso e capaz.
Sobre o acidente com o vapor Maratá, ele escreveu o seguinte, na sua obra Cem Anos de Germanidade no Rio Grande do Sul, que foi editada, originalmente, em 1924.
"A navegação no Caí conquistou uma triste fama devido a dois grandes acidentes ocasionados pela explosão de caldeiras. A primeira ocorreu em 1893, perto de Porto Alegre, com o vapor Maratá, no qual 30 pessoas perderam a vida. A causa da tragédia foi a louca competição entre dois vapores do Caí, ocasionando o superaquecimento da caldeira.
A segunda explosão de caldeira deu-se no dia 6 de junho de 1923, perto de São João do Montenegro, a bordo do vapor Horizonte. Neste acidente, 12 pessoas encontraram a morte e várias saíram gravemente feridas."
A foto acima mostra o vapor Salvador atracado no passo do Caí, local onde havia uma barca para a travessia do rio. A rua que ali se avista é a Pinheiro Machado e a casa no lado direito da rua ainda existe, embora que com o seu aspecto bastate alterado.
Os prédios do lado esquerdo da rua Pinheiro Machado, na sua maioria, já foram demolidos e substituídos por outros. Mas uma casa permanece de pé. Conhecido como casa dos três arcos, o velho prédio continua de pé, habitado e em muito bom estado.
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