terça-feira, 26 de novembro de 2013

3134 - A obra de Costa Gama deixava a desejar

A barragem Rio Branco fez parte do conjunto de obras que favoreceu
a navegação permanente no rio Caí, até o porto de São Sebastião do Caí

A qualidade da obra realizada pelo engenheiro José da Costa Gama era bastante questionada. Ele, afinal de contas, não era um especialista em engenharia hidráulica. Depois de haver feito as obras que melhoraram as condições de navegabilidade do rio Caí (de modo a permitir que vapores chegassem até o porto de São Sebastião do Caí mesmo em épocas de estiagem) Costa Gama realizou outra grande obra do gênero: a que permitiu a navegação entre a Lagoa dos Patos e as imediações do balneário de Torres.
Antes da obra realizada por ele no rio Caí, entretanto, Costa Gama talvez nunca houvesse realizado uma obra importante nesse ramo da engenharia.
O padre Theodor Amstad, que nasceu na Europa e viveu lá um período considerável da sua vida de jovem adulto, certamente conheceu muitas obras importantes dentro da área da engenharia hidráulica, pois viveu na Suiça, Alemanha e Inglaterra e veio para o Brasil quando já tinha 34 anos.
O seguinte comentário, contido no livro Cem Anos de Germanidade no Rio Grande do Sul, demonstra que seu autor (o padre Amstad) não admirava muito a capacidade do egenheiro brasileiro. Não é por menos: na Europa ele deve ter visto obras muito melhores.

"A navegação foi facilitada nesse rio (o Cai) depois que o governo mandou construir uma barragem, sob a direção do engenheiro Cota Gama. Parece ter sido, antes de mais nada, uma obra experimental do dito engenheiro do que uma obra de engenharia hidráulica completa. De qualquer forma, a barragem - represando a água - possibilita a navegação dos vapores até São Sebastião do Cai na maior parte do ano."




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