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Carlão e Vera Fava foram obrigados, pelo delegado Edgar Mário dos Santos
Cardoso atraiu a atenção da população caiense |
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Na delegacia, Vera Fava e Carlão foram colocados frente a frente com o taxista que tentaram matar |
O desfile dos criminosos Vera Fava e Carlão pela rua principal da cidade às onze e meia da manhã de segunda-feira começou defronte à Climed. Dali ele seguiu com o escrivão Tomé na direção do veículo e com o delegado Edgar Mário dos Santos Cardoso caminhando logo atrás dos dois presos que iam amarrados por uma corda ao para-choque traseiro da viatura. A população concentrou-se em grande número nas calçadas da rua Mal. Deodoro e acompanhou boquiaberta ao desfile.Na tarde da última segunda-feira, num depoimento que se estendeu por mais de quatro horas, Vera Fava contou à polícia em detalhes como aconteceram os crimes cometidos por ela e seu companheiro Carlos Roberto dos Santos, o Carlão.
A dupla é responsável pela morte do caminhoneiro Egon Schoffen e pela tentativa de homicídio contra o taxista Júlio Emanuelli.
Os criminosos são de São Paulo e estavam no Caí a procura de emprego. Carlão é casado e pai de dois filhos, mas isso não o impediu de vir para o sul com sua amante.
Uma vez no Caí, Carlão e Vera não tiveram sucesso na busca por emprego. Segundo eles, com a falta de perspectiva de conseguir um emprego e consequentemente a falta de dinheiro para comprar a passagem de volta para São Paulo foram os motivos para praticarem o assalto.
O primeiro crime foi uma emboscada contra o caminhoneiro Egon Schoffen. Vera se passou por uma garota de programa e levou Egon até um local retirado adiante do cemitério do Caí. Carlão ficou encondido no mato esperando a hora certa de entrar em ação. Egon estava sem suas roupas, quando Carlão saiu de seu esconderijo e, encostando com o dedo indicador nas costas de Egon disse a ele que ficasse quieto pois era um assalto.
Acreditando estar sendo ameaçado com uma arma, Egon ficou quieto e não reagiu.
No decorrer do assalto, Egon percebeu que Carlão não possuia arma e entrou em luta corporal contra ele. Sentido que o companheiro levaria a pior, Vera agarrou uma pedra e desferiu um golpe na cabeça de Egon, que ficou semidesmaiado. Após isso, Carlão deu vários socos e joelhaços e com uma cinta enlaçou o pescoço de Egon. O casal fugiu para o Caí com Cr$10.000,00 que estavam no caminhão do motorista e so ficaram sabendo da morte de Egon no dia seguinte.
O assaltou rendeu pouco dinheiro e era preciso conseguir mais para poderem abandonar a cidade e voltar a São Paulo.
Três dias após o primeiro crime, resolveram então assaltar um motorista de táxi. Além do dinheiro, teriam o carro com o qual poderiam ir até uma cidade onde pegariam o ônibus. A vítima dessa vez era o taxista caiense Júlio Emanuelli.
Carlão solicitou uma corrida até a localidade do Rio Branco, Emanuelli se prontificou a leva-lo até o local. Na esquina da Empresa Caiense, Vera esperava com duas malas. Vera sentou no banco de trás do automóvel. A cam]
inho do destino, ao passar pela ponte da várzea, Carlão sacou uma faca e pressionando-a contra o pescoço de Júlio, disse que era um assalto. Alguns metros adiante, Carlão tirou Júlio de dentro do carro e caminhando com ele para dentro de uma roça de milho, desferiu-lhe quatro facadas, atingindo-o no abdômen e nas costas, na altura dos pulmões.
Depois do crime Carlão e Vera fugiram para Caxias no carro de Júlio.
Desfile organizado pelo delegado causa polêmica
A dupla é responsável pela morte do caminhoneiro Egon Schoffen e pela tentativa de homicídio contra o taxista Júlio Emanuelli.
Os criminosos são de São Paulo e estavam no Caí a procura de emprego. Carlão é casado e pai de dois filhos, mas isso não o impediu de vir para o sul com sua amante.
Uma vez no Caí, Carlão e Vera não tiveram sucesso na busca por emprego. Segundo eles, com a falta de perspectiva de conseguir um emprego e consequentemente a falta de dinheiro para comprar a passagem de volta para São Paulo foram os motivos para praticarem o assalto.
O primeiro crime foi uma emboscada contra o caminhoneiro Egon Schoffen. Vera se passou por uma garota de programa e levou Egon até um local retirado adiante do cemitério do Caí. Carlão ficou encondido no mato esperando a hora certa de entrar em ação. Egon estava sem suas roupas, quando Carlão saiu de seu esconderijo e, encostando com o dedo indicador nas costas de Egon disse a ele que ficasse quieto pois era um assalto.
Acreditando estar sendo ameaçado com uma arma, Egon ficou quieto e não reagiu.
No decorrer do assalto, Egon percebeu que Carlão não possuia arma e entrou em luta corporal contra ele. Sentido que o companheiro levaria a pior, Vera agarrou uma pedra e desferiu um golpe na cabeça de Egon, que ficou semidesmaiado. Após isso, Carlão deu vários socos e joelhaços e com uma cinta enlaçou o pescoço de Egon. O casal fugiu para o Caí com Cr$10.000,00 que estavam no caminhão do motorista e so ficaram sabendo da morte de Egon no dia seguinte.
O assaltou rendeu pouco dinheiro e era preciso conseguir mais para poderem abandonar a cidade e voltar a São Paulo.
Três dias após o primeiro crime, resolveram então assaltar um motorista de táxi. Além do dinheiro, teriam o carro com o qual poderiam ir até uma cidade onde pegariam o ônibus. A vítima dessa vez era o taxista caiense Júlio Emanuelli.
Carlão solicitou uma corrida até a localidade do Rio Branco, Emanuelli se prontificou a leva-lo até o local. Na esquina da Empresa Caiense, Vera esperava com duas malas. Vera sentou no banco de trás do automóvel. A cam]
inho do destino, ao passar pela ponte da várzea, Carlão sacou uma faca e pressionando-a contra o pescoço de Júlio, disse que era um assalto. Alguns metros adiante, Carlão tirou Júlio de dentro do carro e caminhando com ele para dentro de uma roça de milho, desferiu-lhe quatro facadas, atingindo-o no abdômen e nas costas, na altura dos pulmões.
Depois do crime Carlão e Vera fugiram para Caxias no carro de Júlio.
Desfile organizado pelo delegado causa polêmica
O fato repercutiu na imprensa da capital, estampado na capa dos jornais, e também em programas de rádio e televisão
Matéria publicada pelo jornal Fato Novo em 5 de janeiro de 1984
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