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Edmundo e Wilma Schaeffer visitavam seguidamente os familiares, que continuaram morando em Montenegro. Na foto, a mãe de Edmundo, Maria Carolina Schubert Schaeffer com sua nora Wilma |
Edmundo Schaeffer era ótimo vendedor e negociante. Ganhava muito bem em Santo Ângelo, onde viveu por 15 anos, gerenciando a firma Frederico Hortmann. Além de viver bem com a família pouco numerosa (teve dois filhos apenas) ele aplicou parte dos seus ganhos em compra de imóveis. Inclusive em Montenegro.
Ele comprou duas áreas de terra no interior montenegrino: uma em Vendinha e outra em Calafate. Seu pai e mãe, Leopoldo e Maria Carolina Schaeffer, já idosos, foram morar na propriedade de Vendinha. Leopoldo administrou as propriedades, cuidando de plantações de eucalipto e acácia negra.
Edmundo comprou as terras na hora certa: no meio da década de 1940. Elas eram muito baratas naquele tempo. Mas, logo depois se instalaram duas grandes fábricas de tanino: a Tanino Mimosa e a TANAC. Essas empresas produziam tanino a partir da casca da árvore chamada acácia negra.
As empresas, especialmente, a TANAC, tiveram grande sucesso, consumiam a casca de milhões de árvores de acácia e pagavam bem por ela. Tornou-se bom negócio plantar matos da acácia negra, tirar a casca e vender para as duas empresas ou para a SETA, em Estância Velha.
A Seta, criada em 1941, foi pioneira na produção de tanino a partir da acácia negra.
A acácia negra é também conhecida como acácia mimosa. Daí vem o nome da empresa Tanino Mimosa (1946), de Montenegro (1949).
O extraordinário desenvolvimento da indústria coureiro-calçadista no Vale do Sinos estimulou o surgimento dessas empresas. Elas passaram por dificuldades devido à concorrência com o cromo, metal que, como alguns outros, também serve para o curtimento do couro. O tanino de origem vegetal, como o da acácia, tem a vantagem de ser muito menos poluente.
Foto do acervo de Egon Schaeffer
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