Iguatemi Moreira vendeu a Kombi durante décadas: agora comprou uma |
Martim Müller era filho de Osvino Müller, um dos mais fortes comerciantes caienses na metade do século XX.
Quando jovem, ele deixou o Caí e foi ser aviador. e chegou a atuar na segunda guerra mundial como piloto da força aérea dos Estados Unidos (país aliado do Brasil naquele conflito), fazendo o patrulhamento do Golfo do México para evitar ataques dos submarinos alemães.
Depois foi piloto de aviões civis e acabou voltando para o Caí, onde abriu uma concessionária Volkswagen chamada Müller Veículos.
A empresa começou em 1968, com apenas dois funcionários: Iguatemi Lúcio Moreira, na administração e vendas, e o mecânico Alberto Frederico Treps.
A empresa cresceu e foi uma das mais importantes da cidade. Quando a Volks deixou de fabricar o Fusca, a fábrica mandou um veículo da última série produzida para cada revenda do país. Iguatemi teve vontade de comprar o carro para si, mas seu Martim também quis e teve a preferência.
A empresa Müller Veículos acabou extinta, mas Iguatemi não perdeu o seu vínculo afetivo com a marca Volkswagen.
No final do ano, a Volkswagen encerrou a fabricação da Kombi e repetiu o procedimento que teve com o Fusca: mandou uma para cada revenda e Iguatemi não perdeu a oportunidade: comprou o veículo que chegou para a conecessionária Comauto, de Montenegro.
A Kombi era tão boa que, depois após 63 anos do seu lançamento, na Alemanha, e 56 do início da sua fabricação no Brasil, ainda era bem aceita no mercado.
A Volks só resolveu parar a sua fabricação devido à exigência de que todos os carros fabricados no país fossem equipados com air bag. A estrutura da velha camionete não permitia a instalação desse equipamento.
As Kombis que existem no país, agora são guardadas como relíquias. Inclusive a Kombi zerinho adquirida por Iguatemi.
Matéria publicada pelo jornal Fato Novo em 29 de março de 2014
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